A União Européia (UE) ofereceu ontem uma nova cota ao etanol brasileiro para tentar fechar um acordo com o Brasil na Rodada Doha. Para o Itamaraty, não haverá acordo final enquanto não houver uma solução para o produto que é o carro-chefe da política comercial do governo Lula. Há dois dias, Bruxelas havia oferecido 1,4 milhão de toneladas em dez anos, mas o governo alertou que o volume seria insuficiente. Agora, apresentou novos números que começam a deixar o setor privado mais satisfeito. Pela nova proposta, a cota estaria indexada pelo consumo futuro europeu, o que permitiria um incremento nas exportações nos próximos anos.
Ontem, os esforços para relançar a Rodada de Doha voltaram a ficar suspensos após a rejeição à proposta de convergência do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, e seu anúncio de que apresentará hoje um novo projeto. A Índia foi criticada por prejudicar os acordos como também outros países emergentes.
Ainda na rodada de ontem, a União Européia (UE) fechou um acordo com o Brasil, Costa Rica e países da América Latina que produzem banana. A UE aceitou reduzir as barreiras européias às importações latinoamericanas da fruta.
Segundo a proposta, a atual tarifa de entrada da banana no mercado europeu (176 euros por tonelada) cairá a partir de 2009 para 148 euros e a cada ano cairá até chegar a 114 euros por tonelada em 2016. Os representantes dos os países latinoamericanos comemoraram o acordo histórico.