Ministros da Fazenda dos 27 países membros da União Européia deverão se reunir no dia 4 de dezembro para discutir uma proposta de taxação sobre automóveis como forma de compensar a emissão de dióxido de carbono. O gás, junto com o metano e o óxido nitroso, provocam o efeito estufa.
Apesar dos esforços, Portugal, que preside da UE no sistema rotativo, reconhece que será difícil contar com o compromisso dos demais governos para criação de um imposto para os veículos. Portugal defende a flexibilização do imposto, determinando taxas por cota de contaminação.
Em 2005, a Comissão Européia, órgão executivo da UE, já havia proposto um imposto “verde” para os automóveis. A idéia era retirar aos poucos, no período de 10 anos, a taxação sobre circulação de veículos substituindo-a por medidas vinculadas às emissões de dióxido de carbono.
Emissões
A Federação Européia de Transporte e Meio Ambiente (T&E), que reúne 49 organizações ambientais, realizou uma pesquisa que revela grandes diferenças nas emissões de veículos dos países da UE.
Na Alemanha, por exemplo, as emissões de veículos novos fabricados por duas das maiores empresas do setor, aumentaram 2,8% e 0,9%. Já nos veículos franceses e italianos houve redução média de 1,6%. As montadoras japonesas registraram queda média de 2,8% nos veículos novos.
Em 2006, as emissões de automóveis europeus foram, em média, de 160 gramas por quilômetros. Autoridades européias discutem a fixação de uma meta de redução de emissão de dióxido de carbono. A Comissão Européia e a indústria automobilística discutem a possibilidade de fixar a emissão em 130 gramas por quilômetro até 2012 ou 2015. (com informações da Envolverde/IPS)