Órgãos de licenciamento e fiscalização ambiental vão se unir com representantes do setor sucroalcooleiro, sob coordenação da UDOP (Usinas e Destilarias do Oeste Paulista), para manter um canal permanente de diálogo e discutir estratégias para implantar um programa de educação ambiental nas usinas e destilarias.
A decisão saiu ontem, após encontro promovido pelo Comitê Agrícola da UDOP com a presença de 39 usinas e destilarias da região e representantes da Polícia Ambiental, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e DEPRN (Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais).
Segundo o tenente coronel da Polícia Ambiental, Milton Paulo Boer, que apresentou a proposta, o grupo será composto para verificar os atos infracionais mais comuns nas usinas e, a partir daí, montar um programa de educação e levá-lo aos profissonais que fazem o trabalho operacional. “A polícia educativa é nossa prioridade. Cada parte se conhecendo melhor, quem ganha é o meio ambiente e a economia”, ressalta.
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Segundo Boer, uma das maiores irregularidade cometidas por empresas de uma maneira geral é a invasão de áreas de preservação permanente ao longo dos rios, córregos, mananciais. “Muitas vezes a máquina está trabalhando à noite e o operador perde a referência da distância do rio”, afirmou.
Um dos assuntos discutidos no evento foi a obrigatoriedade da renovação do licenciamento ambiental pelas empresas do estado, inclusive as do setor sucroalcooleiro, num prazo que varia de dois a cinco anos.
“O processo pressupõe uma série de exigências e essa é uma oportunidade de esclarecê-las”, afirmou o José Maria Mourandini Paoliello, gerente da agência regional da Cetesb de Araçatuba.
