Cid Caldas, diretor do Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Mapa — Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, não vê problemas no que diz respeito à logística do setor sucroenergético nesta safra.
Para ele, é real a necessidade de investimentos em infraestrutura no futuro, já que a demanda por cana-de-açúcar tende aumentar consideravelmente. Contudo, no momento, o sistema logístico tem suportado a demanda. “Hoje, no Centro-Sul, moemos algo em torno de 217 milhões de toneladas de cana. Pensando apenas no transporte da matéria-prima, não temos problemas”.
Sobre os produtos originados da cana-de-açúcar, etanol e açúcar, Caldas também se mostra tranquilo quanto ao escoamento da produção. “Pode ser que no fim da safra, quando os níveis de produção de etanol subirem, nós tenhamos uma sobra. Para esse caso, temos um programa de financiamento de estoque que já está funcionando. Em termos de logísticas, tem algumas melhorias sendo feitas, como é o do terminal da Copersucar, que trouxe benefícios na parte de exportações.
Para o futuro, o representante do Mapa diz que existe sim a solução, mas seu custo torna a ação inviável. “O transporte ferroviário seria o ideal, mas o investimento é muito alto e isso faz com que as empresas do segmento busquem alternativas”.