A campanha do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, obteve ontem uma liminar suspendendo a propaganda da Petrobras sobre o biodiesel. O ministro Cesar Asfor Rocha, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atendeu a um pedido da coligação PSDB/PFL e concluiu que a publicidade da empresa reforça o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no horário eleitoral.
A campanha de Lula ganhou, porém, uma ação para retirar do ar a expressão “a turma do Lula” na propaganda eleitoral de rádio de Alckmin. A frase, que faz referência aos petistas envolvidos em escândalos de corrupção, foi considerada ofensiva pelo ministro Marcelo Ribeiro, do TSE.
Os petistas não conseguiram barrar outra propaganda de Alckmin, em que o tucano usa declarações de Lula nas eleições de 2002. Na época, Lula prometia controlar os atos de seus ministros. A propaganda diz que ministros estiveram envolvidos em denúncias de corrupção e que o presidente dizia que nada saber.
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No caso do biodiesel, além da suspensão da propaganda, o ministro notificou Lula e o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, para que apresentem suas defesas. A propaganda da Petrobras, que destacava a importância do biodiesel como fonte alternativa de combustível, começou a ser veiculada no dia 2.
Segundo os advogados de Alckmin, no horário eleitoral de 29 e 30 de agosto e de 5 de setembro, Lula destacou o biodiesel como um dos principais projetos de sua administração. “Em juízo provisório, concluo que, ao retomar o tema da implantação do biodiesel, apenas alguns dias após a propaganda eleitoral indicada, a publicidade institucional da Petrobras promove indevido reforço à campanha eleitoral do primeiro representado (Lula)”, diz o ministro Rocha.
