Mercado

Triunfo espera ''indústria verde''

Há expectativa no setor petroquímico quanto à definição, pela Braskem, do local da sua nova unidade industrial “verde”: uma fábrica voltada à produção inicial de 30 mil toneladas por ano de Propileno Verde (PP Verde), a segunda resina termoplástica mais consumida no mundo (a primeira é o polipropileno). O Polo Petroquímico de Triunfo é candidato a receber o empreendimento, observou o diretor de Negócios de Químicos Verdes da Braskem, Marcelo Nunes.

A matéria-prima faz a diferença do investimento: é o etanol derivado da cana-de-açúcar, fonte 100% renovável, a mesma usada pela fábrica de Polietileno Verde (PE Verde) em operação no Polo Petroquímico de Triunfo desde 2010, quando foi inaugurada. O efeito verde é a captura de CO2 da atmosfera por meio do plantio da cana de açúcar.

Para implantar a fábrica de PP Verde, o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, estima uma aplicação em torno de 100 milhões de dólares.

O primeiro anúncio da decisão ocorreu há dois anos. Além do Polo de Triunfo, as demais unidades da Braskem figuram como candidatas. Estão localizadas na Bahia, em Alagoas, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

A expectativa está relacionada à cronologia anunciada para a nova planta industrial. É previsto para até o final de 2013 o início das operações da fábrica. Por isso, as especulações apontam que não está muito distante, no tempo, o anúncio do estado que irá sediar o PP Verde. Assim, o local da fábrica deve ser conhecido nos próximos meses.

O polietileno vem da matéria-prima eteno. É utilizado em embalagens flexíveis. O polipropileno vem do propeno. Como o eteno, é matéria-prima da nafta. Caracteriza-se pela aplicação onde é necessária mais resistência, como peças para veículos.