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Transporte de álcool está entre as prioridades

Apostando na maior demanda mundial por álcool nos próximos anos, a Petrobras, por intermédio da Transpetro, estuda investimentos de US$ 220 milhões para a construção de tanques e novas linhas de dutos para levar o combustível produzido em São Paulo até Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, de onde seguirá para exportação por via marítima.

O projeto do corredor de exportação do álcool, como vem sendo chamado, está sendo discutido pela Petrobras e pela Transpetro com um grupo de empresários do setor e deverá ser anunciado publicamente até março de 2005.

Na primeira fase, o programa prevê a utilização imediata de linhas de dutos já existentes entre os dois estados e que estão em fase final de adequação para transporte de etanol. A atual malha tem capacidade para transportar 1,8 bilhão de litros por ano.

A segunda fase, ainda em conclusão de estudos, prevê a construção de um alcoolduto com 190 quilômetros de extensão, que irá de Paulínia a Taubaté, de onde o combustível seguirá até o Rio pela rota de dutos já estruturada. A previsão é de que o Brasil, até o final de 2006, já esteja exportando 4 bilhões de litros por ano, operação que poderá ser feita pelo terminal operado pela Transpetro na Ilha D’Água, na Baía de Guanabara.

De acordo com o gerente de Novos Negócios da Transpetro, Marcelino Guedes, o Brasil é hoje o maior produtor mundial de álcool, com uma produção anual de 14 bilhões de litros, um pouco abaixo da capacidade disponível de 18 bilhões.

A previsão é que o volume exportado chegue a 2 bilhões de litros em 2004. Grande parte do combustível vendido no mercado internacional é voltada para fins industriais. Para Marcelino, porém, o potencial de crescimento das exportações está no álcool combustível, usado por veículos.

Hoje, 61% da produção de álcool estão concentrados em São Paulo.