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Transgênicos giram US$ 44 bilhões

O valor comercial global das culturas geneticamente modificadas alcançou cerca de US$ 44 bilhões na safra 2003/04, e 98% desse total foi proveniente do plantio de soja, algodão, milho e canola transgênicos nos Estados Unidos, na Argentina, na China, no Canadá e no Brasil. Os dados constam do estudo Difusão Global da Biotecnologia Vegetal: Adoção e Pesquisa Internacional em 2004, de autoria de C. Ford Runge, diretor do Centro para Política Internacional de Alimentação e Agricultura da Universidade de Minnesota e professor de Economia Aplicada e Direito da McKnight University.

Os EUA, que continuaram liderando a produção de transgênicos na safra passada, responderam por US$ 27,5 bilhões do valor comercial estimado. Os americanos plantaram as quatro culturas que fazem parte do estudo. A Argentina, com soja e milho geneticamente modificados, representou US$ 8,9 bilhões, seguida pela China (algodão; US$ 3,9 bilhões), Canadá (canola, milho e soja; US$ 2 bilhões) e Brasil (soja; US$ 1,6 bilhão). No total, os transgênicos foram cultivados em 18 países em 2003/04, e Runge destacou que outros 45 países já trabalham com pesquisas e desenvolvimento nesse setor.

Runge acredita que, dependendo do ritmo de aprovação dos transgênicos por parte de países em desenvolvimento, o valor comercial total dessas lavouras poderá alcançar US$ 210 bilhões na próxima década. Na divisão por culturas, a soja gerou US$ 23,5 bilhões globalmente em 2003/04, seguida por milho (US$ 11,2 bilhões), algodão (US$ 7,8 bilhões) e canola (US$ 1,4 bilhão), sempre conforme o estudo de Runge. Há, segundo ele, 57 organismos geneticamente modificados (OGMs) aptos para plantio no mundo, entre grãos, frutas e outros vegetais.

No caso da soja, as variedades transgênicas representaram 54%, ou 92,8 milhões de toneladas, da produção total dos cinco países destacados no estudo em 2003/04. No Brasil, onde o cultivo do grão geneticamente modificado foi liberado por meio de medida provisória, o percentual foi de 12%.

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