Mercado

TRANSGÊNICOS

Depois de ter provocado tumulto ao montar barreiras nas fronteiras rodoviárias com Estados vizinhos, o governo do Paraná adotou uma nova medida de impacto para dificultar o trânsito e o comércio de soja geneticamente modificada no Estado. O controle será estendido a silos e armazéns.

Um decreto assinado pelo governador Roberto Requião (PMDB) fecha o porto de Paranaguá para exportação e importação de produtos transgênicos. A proibição de uso do corredor portuário do Estado para o movimento de transgênicos compõe o segundo parágrafo da lei anti-transgênicos sancionada ontem.

Segundo informações da Agência Brasil, o primeiro artigo da lei paranaense proíbe o cultivo, a manipulação, a importação, a industrialização e o comércio de OGMs (organismos geneticamente modificados)no Estado, exceto para fins de pesquisa científica.

Destruição das Plantações

Na última sexta-feira, Requião havia dito que seu governo poderá destruir plantações de soja geneticamente modificada que encontrar no Estado, mas pretende, no entanto, indenizar o plantador e queimar a lavoura.

Até o final de semana, 97 agricultores do Estado obtiveram autorização do Ministério da Agricultura para plantar soja transgênica.

O período é de entressafra e não há movimento de embarque de navios no porto, o que transfere os reflexos da lei para fevereiro de 2004, quando começa a exportação da safra 2003-2004.

O porto de Paranaguá reponde por 25% das exportações brasileiras de grãos, pertence à União –é atrelado ao Ministério dos Transportes-, mas administrado há décadas pelo governo paranaense, em regime de concessão.

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