Empresários do setor, governo e mercado dão sinais de que o álcool vai se transformar num dos principais itens das exportações brasileiras. A Petrobrás já decidiu: vai usar a infra-estrutura em logística da empresa existente no País e utilizada para o transporte de derivados claros de petróleo para ser competitiva na exportação do álcool combustível. Segundo João Carlos Figueiredo Ferraz, presidente da Crystalsev, um dos maiores grupos negociadores de açúcar do país, “os principais grupos produtores do país defendem a discussão de cotas para entrar com o álcool nos mercados americanos e europeus”, diz. Para ele, ao contrário do açúcar, com mercado já consolidado no exterior, o álcool precisa de maior amadurecimento e “não adianta ser competitivo apenas no Brasil, pois temos de expandir o negócio em outros mercados”.
Peter Baron, presidente da OIA (Organização Internacional do Açúcar), com sede em Londres, e que esteve em São Paulo em outubro participando da Terceira Conferência Datagro de Açúcar e Álcool, enfatiza que o custo de produção do álcool e açúcar no Brasil é o menor do mundo e os produtores nacionais têm que aproveitar a vantagem competitiva para se firmar neste mercado. Para Júlio Maria Borges, da Job Economia e Planejamento (SP), é álcool vai refazer a história do setor com a sua transformação numa commoditie.
Já Plínio Nastari, da Datagro, faz projeções mostrando que, em dez anos, o Brasil poderá estar produzindo 22,04 bilhões de litros, contra 13 bilhões da safra atual, para atender os mercados externo e interno.
Leia reportagem completa sobre as perspectivas do álcool brasileiro no mercado internacional na edição deste mês do JornalCana.