Professores e alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) propõem transformar esgoto sanitário em combustível. A idéia é utilizar a chamada “escuma”, ou seja, o resíduo flutuante da superfície do esgoto, na produção de biodiesel. De acordo com o professor Luciano Basto, o estudo já apresentou resultados satisfatórios nos ensaios de laboratório. Foi firmada parceria com a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio (Cedae) para que sejam realizados testes de maior escala, em estações de tratamento de esgoto.
O acordo é para seja instalado um equipamento numa das estações de tratamento para podermos comprovar a viabilidade técnica, econômica e ambiental de todas as etapas do combustível, disse Basto.
Segundo o pesquisador, a retirada da escuma das piscinas de tratamento das estações de esgoto é um custo a mais para as empresas responsáveis pelo processo. Por isso, o uso do resíduos na produção de combustível pode ser uma solução econômica viável.
Além de estarmos trabalhando com um combustível limpo do ponto vista ambiental, como é o caso do biodiesel, estamos resolvendo um problema operacional que toda estação de tratamento tem: o que fazer com aquele resíduo?, conta.
Basto acredita que até o final deste semestre, a pesquisa da UFRJ deverá apresentar resultados favoráveis para a utilização desse novo tipo de biodiesel em algo aproveitável comercialmente.