A Coimex Trading resolveu fazer suas apostas no mercado de álcool.
Em um investimento de US$ 50 milhões para os próximos dois anos, a trading
vai investir em infra-estrutura logística, que está sendo discutida com a Petrobras, e quer ter participação acionária nas usinas do setor para exportar álcool.
Segundo Clayton Hygino de Miranda, presidente da trading, a empresa também está fazendo acordos na Tailândia para explorar potenciais negócios na Ásia.
Miranda conta que a trading assinou um memorando de intenções com a estatal tailandesa PTT na segunda-feira. O objetivo é fazer um estudo de viabilidade para o desenvolvimento do mercado de álcool naquele país, o que inclui infra-estrutura logística de transporte, distribuição e armazenagem.
Com isso, o Brasil será, no curto prazo, o principal país exportador de
álcool para a Tailândia. A demanda por álcool combustível naquele país é de
2 bilhões a 3 bilhões de litros, para uma mistura de 10% na gasolina. “Mesmo
sendo uma distribuidora de petróleo, a PTT tem interesse em atuar no
mercado de álcool, como distribuidora e, possivelmente, como produtora”.
O acordo preveê que até fim do ano, a Coimex deverá embarcar 4 milhões de
litros de álcool para o mercado tailandês. A trading brasileira já tem uma
parceria com o grupo japonês Mitsui. Ambas formaram há um ano uma joint
venture, a CM Bioenergia, para comercializar álcool no Japão.
Segundo o executivo, a trading está negociando com a Petrobras a utilização
dos dutos da estatal para o transporte de álcool até os portos. O negócio
ainda não está fechado.
A Coimex também quer ser produtora de álcool. Para isso, negocia
participação acionária em usinas, que deverão ser concluídos no segundo
semestre de 2005. A Coimex quer aproveitar a produção de álcool de suas
futuras parceiras para elevar exportações.
Em 2003, a trading registrou faturamento de US$ 506 milhões e deverá fechar este ano em até US$ 750 milhões. O grupo Coimex faturou US$ 700 milhões.
A trading também será responsável pelos embarques de 700 milhões de litros de álcool, de um total de 1,5 bilhão de litros que serão exportados em 2004.
A trading também prevê embarcar 1,4 milhão de toneladas de açúcar e 1,1 milhão de toneladas de grãos, além de US$ 80 milhões em negócios com carne.