Cerca de 800 trabalhadores rurais que atuam no corte da cana-de-açúcar na Usina São Domingos, em Catanduva (SP), iniciaram treinamento que passa pela história da cultura no país e vai até as questões relacionadas à saude e bem estar. A iniciativa faz parte do Programa Cana Limpa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), realizado em parceria com o Sindicato Rural Patronal de Catanduva e a usina. O treinamento deste ano na São Domingos vai até o fim do mês de abril. Para atender à todos os colaboradores do setor, eles foram divididos em 15 turmas.
No início da capacitação os colaboradores recebem uma cartilha que contém abordagens sobre a história da cana-de-açúcar no Brasil e a importância do setor sucroenergético para a economia do país. Depois, são orientados sobre as técnicas de cultivo da cana, qualidade da matéria-prima, equipamentos de segurança utilizados no corte manual, preservação ambiental, legislação trabalhista e recomendações de saúde e relacionamento interpessoal.
A instrutora do treinamento é a engenheira agrônoma do Senar, Rose Ferreira de Castilho, que explica que além do aprendizado de questões técnicas, o curso visa também a valorização do trabalhador rural. “Durante as aulas, deixamos bem claro que a qualidade do serviço que o cortador desempenha é fundamental para os bons resultados da indústria e, com isso, eles também saem ganhando porque a produtividade aumenta e há possibilidade de uma remuneração maior”, afirma.
“Aqui a gente aprende, por exemplo, o modo certo de cortar a cana para não prejudicar a lavoura nas próximas brotas”, lembra o trabalhador rural, Antônio Morelli, recém contratado.
Este é o sétimo ano que a empresa participa do Programa Cana Limpa. Para Manoel Alves Ferreira, líder de operações agrícolas da Usina São Domingos, os resultados deste programa são inúmeros. “As pessoas qualificadas passaram a trabalhar com mais segurança, cientes da importância do uso dos equipamentos de proteção individual para evitar acidentes e da ginástica laboral para prevenir lesões. Além disso, a qualidade do corte melhorou muito”, avalia Ferreira.