Mercado

Tom baixista pontua mercado brasileiro de açúcar

O tom baixista tem pontuado o mercado brasileiro de açúcar. A ausência de comprador e a crescente oferta de açúcar das usinas do Centro-Sul do país estão pressionando as cotações do produto para baixo, afirmam os analistas ouvidos pelo JornalCana. As contantes quedas dos preços internacionais da commodity também não são fator de suporte ao mercado.

Em São Paulo, de acordo com o índice Cepea/Esalq, a saca de 50 quilos acumula queda de 5% na semana e, no mês, de quase 20%. Ontem, a saca fechou a R$ 22,16, posto São Paulo. Os negócios realizados entre 18 e 24 de setembro seguiram lentos, de acordo com o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Para Júlio Maria Martins Borges, diretor da Job Economia e Planejamento, a maior oferta no Brasil e a entrada das safras de açúcar no hemisfério norte podem tirar a sustentação das cotações internacionais, acentuando a crise de preços do setor. Na próxima semana, o mercado pode encontrar suporte com a entrada de parte das indústrias de alimentos e bebidas no mercado para repor seus estoques.

Se as perspectivas no curto prazo aliviam a pressão sobre os preços, no médio prazo, o desempenho baixista pode chegar com força se as usinas brasileiras resolverem entrar pesado no mercado para desovar parte de seus altos estoques.

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