Um grupo de 150 empresários — sendo 100 de Alagoas e 50 do Tocantins–investirão R$ 250 milhões na criação da Cooperativa Agroindustrial no Estado que irá explorar a produção de álcool e de açúcar na região. Trata-se de um “projeto piloto”, com bases cooperativistas, com capacidade para processar 1,5 milhão de toneladas de cana por ano-safra.
Segundo o ex-diretor da Associação dos Produtores de Cana de Alagoas, José Gilvan Ribeiro, inicialmente, a safra será voltada para a produção de álcool: 135 milhões de litros por ano. A previsão é iniciar o processamento após o terceiro ano de implantação do projeto. “Primeiro é preciso implantar os canaviais a partir de mudas com melhor adaptabilidade ao clima e solo locais. A produção de açúcar só deverá começar a partir do sétimo ano.” Serão necessários 30 mil hectares para atender a demanda da usina que deverá gerar de 10 a 12 mil empregos diretos e indiretos, nos próximos seis anos.
No momento, segundo Ribeiro, o governo do Tocantins está intermediando a liberação de recursos no âmbito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Mundial (Bird).
Segundo Ribeiro, o Tocantins foi escolhido em virtude da disponibilidade de terras. Em Alagoas, todo o território agricultável está ocupado. “A área do Estado de Alagoas corresponde a 10% do território do Tocantins”, afirma Ribeiro. Ainda segundo o executivo, além de incentivos fiscais e de intermediar a liberação de recursos, o governo do Tocantins se comprometeu a auxiliar em obras de infra-estrutura que garantam o escoamento da produção.