O setor sucroenergético nunca esteve tão próximo da Tecnologia da Informação. A busca de soluções para elevar eficiência e reduzir custos no processo de gestão amplia o debate nessa área, incluindo na pauta temas como “Computação nas Nuvens” (Cloud Computing), softwares de código aberto (Open Source) e soluções específicas, como Business Intelligence (BI), entre outras. Além disso, existe hoje uma grande preocupação em relação à escolha da melhor alternativa de um sistema de gestão empresarial, o ERP (Enterprise Resource Planning), que integra todos os dados e processos da organização.
“É preciso separar o mito da realidade”, afirma o gerente corporativo de TI da Usina Caeté (Grupo Carlos Lyra), unidades Delta e Volta Grande, MG, Gilvan Falcão, ao avaliar a utilização da Tecnologia da Informação por parte das usinas e destilarias. Segundo ele, o mito está relacionado à ideia de que o setor é uma “ilha” que está distante dos avanços tecnológicos nessa área. A realidade, no entanto, é que as unidades sucroenergéticas têm utilizado a tecnologia, incluindo TI e automação, como diferencial competitivo.
Nem mesmo o fato das usinas estarem afastadas dos grandes centros urbanos a colocam em uma posição de atraso em relação a outros segmentos. O gerente de TI da Caeté observa que o próprio campo já está inserido nesse novo contexto, convivendo com tecnologias avançadas, como o General Packet Radio Service (GPRS). “O 3D já começa a ser usado”, afirma.
Na avaliação de Gilvan Falcão, o setor tem procurado atualmente uma TI enxuta e eficiente. Ele diz que é preciso contar com um sistema que possibilita, por exemplo, alta disponibilidade da internet e consequentemente dos e-mails. “Se o sinal da web não estiver ativo, a situação fica difícil. Não existe informação de ontem”, exemplifica. O gestor precisa receber e responder a informação, via e-mail, com rapidez. “Informação de ontem é dado”, enfatiza.
As empresas possuem diferentes graus de maturidade em relação à implantação e uso das ferramentas, processos e métodos de TI, conforme a opinião do gerente da Caeté. Para algumas unidades, a Tecnologia da Informação é apenas um Centro de Processamento de Dados (CPD). Em outras empresas, a sua aplicação se restringe ao conceito da informática. “Há usinas que já possuem maturidade para a implantação da governança em TI”, constata. Ele afirma que não existe uma receita pronta e única. Mas, todos precisam da Tecnologia da Informação.