Mercado

Texaco lança lubrificante ecologicamente correto para usinas

Um novo lubrificante destinado a melhorar a perfomance dos mancais e de engrenagens abertas com menos riscos ao meio ambiente e uma economia que pode chegar a até 20% quando em comparação aos sistemas tradicionais de lubrificação com base asfáltica. O Mill Bearing Compound, trazido pela Chevron Texaco, segundo o gerente global do Segmento de Usinas de Açúcar, Jorge Rodrigues, a tendência é de que os lubrificantes a base de asfalto seja substituídos pelos produtos semi-sintéticos associados a minerais em um prazo de cinco anos.

“Está ocorrendo uma mudança de mentalidade gradativa por parte do empresariado. As usinas de açúcar são empresas alimentícias e por isso necessitam de um maior cuidado quanto a problemas de contaminação e de cuidados com o meio ambiente. O empresariado primeiro tem que fazer algumas adaptações para utilizar estes novos produtos e ter certeza dos ganhos a médio e longo prazo”, observa Rodrigues. As adaptações e o alto custo unitário do produto, que chega a custar até 15 vezes mais que os lubrificantes tradicionais, são apontados por ele como uma das principais razões para uma migração relativamente lenta de um produto para outro.

O mercado nacional de lubrificantes para usinas de açúcar é estimado em cerca de 14 milhões de litros anuais, sendo que 3,5 milhões de litros são destinados diretamente às moendas, e a Texaco detém 22% deste segmento. Os novos produtos representam menos de 1% deste mercado.

“Mas este temor do alto custo é desprezível mediante as vantagens apresentadas”, diz o diretor de Marketing da australiana Talcor – empresa ligada à ChevronTexaco e que responsável pelo desenvolvimento do Mill Bearing Compound -, Tony Casas. Os testes realizados pelas duas empresas mostraram que a utilização dos novos lubrificantes necessita de um quantidade que pode chegar a ser até dez vezes menor quando comparado com os lubrificantes tradicionais. O consumo por tonelada de cana moída chega a apenas 1 grama por tonelada contra até 10 gramas por tonelada dos produtos feitos com base asfáltica.

“Essa menor quantidade é mais fácil de controlar e evitando assim possíveis riscos ao meio ambiente. Além disso, a vida útil das engrenagens e dos mancais é ampliada, o que resulta em uma economia no processo como um todo que pode variar entre 10% e 20%”, explica Casas. Os riscos ao meio ambiente também são minimizados pelo fato dos novos produtos utilizarem materiais semi-sintéticos e minerais. Os lubrificantes tradicionais são feitos a partir de resíduo de petróleo, que contém uma carga elevada de metais pesados além de serem suspeitos de possuírem potencial cancerígeno.

Além do Mill Bearing Compound, voltado para atender a mancais de usinas, a ChevronTexaco também está lançando o OGP IV, destinado a atender as necessidades específicas de engrenagens abertas, voadeiras e rodetes. Os novos produtos, que atualmente são importados da Austrália, passarão a ser fabricados no Brasil a partir do próximo ano.

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