O grupo sucroalcooleiro francês Tereos, que desde 2000 controla a Usina Guarani, em Olímpia, irá expandir sua produção de açúcar e etanol utilizando cana-de-açúcar como matéria-prima e não beterraba, com que iniciou a produção em meados dos anos 40. A afirmação foi feita pelo responsável pela área internacional do grupo Tereos, Alexis Duval. Na semana passada, Duval participou da aprovação do aumento da participação da Tereos na Guarani. Com um novo aporte de cerca de R$ 190 milhões, a Tereos reafirma sua estratégia de diversificar sua produção, que hoje inclui açúcar e etanol de beterraba e cereais, açúcar e etanol de cana e também produção de açúcares para indústria de alimentos (amido) a partir de cereais. A Tereos detém 62,4% da Guarani.
“Desde que a União Europeia deu os primeiros sinais de que iria reduzir seus subsídios através de uma reforma no sistema açucareiro, que começou a ser implementada em 2005, passamos a dar maior importância a outras matérias-primas”, afirma. Segundo ele, com a entrada em vigor do novo regime, que limitou as exportações europeias de açúcar, a participação na Guarani mostrou-se acertada. “Vamos investir no Brasil para compensar a redução das exportações europeias”, disse. Através da Guarani, a Tereos também está presente em Moçambique, onde também produz açúcar de cana na usina Sena, onde a Guarani detém 75% da empresa. Duval disse que a aposta da Tereos na Guarani é de longo prazo. “Isto explica por que estamos fazendo aportes de capital neste momento”.