Na Capital para receber homenagem no Prêmio Exportação entregue ontem à noite pela ADVB-RS, o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, concedeu a seguinte entrevista falando sobre a competitividade do etanol frente à gasolina, principalmente para o consumidor gaúcho.
Zero Hora – O preço do etanol pode cair e o combustível se tornar competitivo no Estado?
Miguel Rossetto – Sim, nós achamos que é possível que diminua. Infelizmente, o que torna o etanol mais caro para o consumidor gaúcho é o custo da logística, já que o etanol para o Rio Grande do Sul vem do Paraná, de São Paulo e de Mato Grosso. Temos que retomar o aumento da produção de etanol no país.
ZH– Qual a condição para a produção do etanol no país hoje?
Rossetto – Ruim. Por conta de questões climáticas nos últimos dois anos e de um desajuste entre o custo e o preço. Mas é nossa tarefa reduzir custo, investir em tecnologia e melhorar a eficiência do etanol no país.
ZH – A presidente Graça Foster disse nesta segunda-feira que teria de ter projetos da Petrobras Biocombustível e que no ano passado não recebeu bons projetos.
Rossetto – Nós analisamos projetos, mas vários não foram aceitos por nós por conta do rigor que temos em rentabilidade econômica, ambiental e logística. São esses os três critérios de corte, então a Petrobras Biocombustível só dá sequência a projetos que tenham essa qualidade.
ZH – Esses critérios influenciaram no fato de terem poucos projetos apresentados?
Rossetto – Nós temos uma meta de crescimento e vamos continuar crescendo, mas com os mesmos critérios. O nosso processo continuará sendo o mesmo, rigoroso.