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Tecnologia Dedini pode ajudar Brasil a cumprir pacto pelo clima

Empresa é líder em tecnologias voltadas ao desempenho sustentável do setor sucroenergetico

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A luta contra o aquecimento global, a transformação da matriz energética, o uso de energias renováveis e novas tecnologias, que favoreçam a criação de comunidades mais saudáveis e economias fortes, foram amplamente defendidos durante a Cúpula de Líderes sobre o Clima, convocada pelo presidente norte-americano Joe Biden e realizada nos dias 22 e 23 de abril.

O setor sucroenergético brasileiro tem opções consolidadas e já disponíveis para viabilizar esses objetivos. E a Dedini dispõe de tecnologia para garantir essa contribuição.

A avaliação é do consultor sênior da Dedini S/A Indústrias de Base, o engenheiro José Luiz Olivério, uma das maiores autoridades do país no segmento.

“Na produção e utilização dos biocombustíveis, como etanol, biodiesel e biometano, mitigamos as emissões de CO2. Temos todos os atores operando no Brasil, com os mecanismos estruturais já implantados e sustentáveis”, ressalta.

Segundo Olivério, as cadeias de produção (agricultura, indústria, automobilística, energia elétrica) e o consumo de biocombustíveis já estão instalados, com tecnologia e desenvolvimento próprios. Da mesma forma, já está em operação o RenovaBio, forma de monetizar a contribuição que os biocombustíveis dão para a redução das emissões.

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Sistema SLC (Separação e Limpeza a Seco da cana e da palha) permite que a palha seja utilizada para a produção de energia, com a mínima perda de sacarose, graças à limpeza a seco
Crédito da foto: Banco de Imagens/Dedini

“O RenovaBio define um critério para transformar a redução de emissões em um ativo financeiro, uma nova receita recebida pela usina, de acordo com a eficiência do etanol, ali produzido, na redução de emissões ao substituir os combustíveis fósseis”, explica.

O RenovaBio introduziu o CBio (Crédito de Descarbonização por Biocombustiveis), que corresponde monetariamente ao valor de uma tonelada de redução de gás carbônico.

Em 2020, foram negociados 14,8 milhões de CBios, equivalentes à redução de 14,8 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. Cada CBio teve preço médio de mercado de R$ 44 em 2020, assim, a redução de cada tonelada correspondeu a esse valor, um estimulo financeiro para que usinas aumentem sua eficiência.

Dessa forma, segundo Olivério, cresce a importância de tecnologias que melhorem o desempenho sustentável do setor sucroenergético, que começa a ser chamado de ‘sucrosustentável’. E nesse cenário, a Dedini está inserida.

“A Dedini está nessa rota há vários anos, sintonizada com as necessidades dos clientes. Em 2009, desenvolveu e apresentou a USD, uma usina completa que engloba tecnologias já existentes com novas tecnologias e que produz um etanol que maximiza a mitigação de gases de efeito estufa”, explica Olivério.

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O engenheiro José Luiz Olivério, consultor sênior da Dedini S/A Indústrias de Base – Crédito da foto: Toda Mídia Comunicação

Usina sustentável Dedini 

A USD tem seis bioprodutos: bioaçúcar, bioetanol, bioeletricidade, biodiesel e/ou outros bioprodutos integrados, biofertilizantes e bioágua, e se baseia em duas ideias: otimização e conceito zero. O resultado é que a USD utiliza a mínima quantidade de matérias-primas e insumos para obter o máximo de produtos mitigadores de emissões.

Ao mesmo tempo, não gera resíduos e efluentes, não compromete e não polui o ambiente e não consome água de mananciais, mas produz um excedente: a bioágua.

Olivério destaca que a criação da USD é resultado da grande experiência que a Dedini acumulou com os projetos e o fornecimento de usinas ‘chave na mão’.

“Ao longo de sua história, dos 100 anos de fundação completados em 2020, a Dedini Já forneceu 108 usinas completas no Brasil, 29 dessas plantas para o exterior, e 115 plantas de cogeração, os maiores fornecimentos mundiais do setor. E foi com esse conhecimento que a empresa desenvolveu a USD”, informa.

Fernando Cesar Boscariol, Superintendente de Engenharia e Desenvolvimento da Dedini, enfatiza que a sustentabilidade dessa usina é resultado da integração de 32 tecnologias, algumas tradicionais, como a limpeza de cana a seco e a utilização de moendas de alto desempenho com acionamento elétrico, e outras de inovação, com foco na sustentabilidade.

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No resultado final, o etanol produzido por essa usina Dedini evita a emissão de três quilos de gás carbônico por litro de etanol equivalente, contra os dois quilos mitigados pelas usinas tradicionais, o que resulta em maior quantidade de CBIOs.

Boscariol cita, como exemplo do interesse por uma dessas tecnologias, uma usina da Flórida (EUA) que, ao atender as novas prerrogativas de colheita de cana crua para evitar as emissões decorrentes da queima da cana, comprou da Dedini o sistema SLC (Separação e Limpeza da Cana e da Palha) para processar 14 mil toneladas de cana/dia, ou seja, 100% da capacidade de processamento da usina.

Dedini Já forneceu 108 usinas completas no Brasil, 29 dessas plantas para o exterior

A palha é utilizada como um dos componentes da compostagem, aplicada como fertilizante em substituição ao de origem fóssil, reduzindo também emissões. No Brasil, uma excelente utilização dessa palha é na produção da bioeletricidade, mitigando emissões.

Outro produto de impacto ambiental importante, de acordo com Boscariol, é o DCV (Dedini Concentração de Vinhaça), uma planta que otimiza energeticamente a produção de vinhaça concentrada, que retorna à lavoura como fertilizante, reduzindo o uso do combustível fóssil no transporte pelos caminhões e substituindo fertilizante químico, reduzindo as emissões em ambos os casos.

“A água recuperada no DCV retorna ao processo, evitando o uso de água de mananciais, indo no caminho da autossuficiência da usina em água, um importante passo que mais a frente possibilitará a produção de bioágua excedente, que vai ser disponibilizada para outras utilizações. A tecnologia já está disponível e a Dedini forneceu duas plantas DCV ao setor”, informa Boscariol.

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Planta de desidratação por peneira molecular para o setor sucroenergético

Angelo Faber, Gerente de Engenharia para Recepção, Preparo e Extração, destaca que na linha da sustentabilidade e de redução de emissões, a Dedini introduziu nas usinas o SADE (Sistema de Alta Drenagem e Extração), com o uso da D.CAD (Camisa de Alta Drenagem, perfurada, para moendas), que aumenta a capacidade de moagem e extração do caldo, produzindo assim mais etanol, reduzindo emissões. A D.CAD também reduz a umidade do bagaço, possibilitando maior produção de bioeletricidade para a rede, reduzindo também emissões.

Liderança mundial

 O superintendente de Negócios de RGD, Açúcar e Etanol, Norivaldo Zimmermann, informa que a Dedini já forneceu 1.050 camisas D.CAD para o Brasil e cerca de 400 para exportação.

Outro destaque, segundo Zimmermann, é a liderança mundial no fornecimento de ternos de moendas, com um recorde de 2.668 unidades, atingido no ano em que empresa completou seu centenário.

Ademir Fuzatto, Superintendente de Negócios de Caldeiraria, lembra que o etanol de cana brasileiro é o biocombustível com maior mitigação de CO2, e até recebeu nos Estados Unidos a categorização de ‘biocombustível avançado’.

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O fornecimento de plantas para a produção de etanol hidratado e anidro (as destilarias) constitui uma das áreas de excelência da Dedini, que tem o maior registro de vendas para o setor, com 881 plantas, marca alcançada por ocasião da comemoração dos 100 anos da empresa, em 2020. “Outro destaque obtido no centenário foi chegarmos ao fornecimento de 1.284 caldeiras a bagaço, outro recorde mundial”, diz Fuzatto.

Compromisso brasileiro

Fernando Cesar Boscariol, superintendente de Engenharia e Desenvolvimento da Dedini

A Cúpula de Líderes foi um encontro preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-26), a ser realizada em novembro deste ano, no Reino Unido. Nas COPs de 2015 e 2016, o Brasil assumiu o compromisso internacional de reduzir em 43% as emissões de gases de efeito estufa até 2030, com base nas emissões de 2005.

Segundo José Luiz Olivério, para atender esse compromisso, o Brasil precisa tomar uma série de ações, incluindo aumentar a produção e consumo atual de etanol em 20 bilhões de litros por ano, até 2030.

Para esse fim, a produção e processamento de cana deve aumentar em 250 milhões de toneladas por safra, crescimento que equivale à instalação de 100 novas usinas completas de etanol, com capacidade unitária de 2 milhões e 400 mil toneladas de cana/safra.

“Essa expansão precisa atender aos atuais e futuros conceitos e requisitos de sustentabilidade e redução de emissões, o que faz dela o cenário ideal para aplicação de tecnologias sustentáveis na lavoura e na indústria de cana. Ideal para a utilização de tecnologias sustentáveis, entre elas a USD Dedini, que já está preparada para atender esse desafio”, ressalta o especialista.

Esta matéria faz parte da edição de maio do JornalCana. Para ler, clique AQUI!