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Técnica norte americana promete aumentar em 20% produtividade da cana

Com diversos recordes na bagagem, o norte americano Kip Cullers, típico produtor do meio oeste dos Estados Unidos, promete revolucionar os canaviais brasileiros com um tipo de biofertilizante comercializado pela empresa Origem, de Cravinhos (SP). Analisando o potencial das culturas e trabalhando com as causas das perdas, o produtor conseguiu em suas experiências chegar a recordes de 173 sacas/ha de soja e 361 sacas/ha de milho. “Por ser muito parecida com o milho, pretendemos testar o produto na cana em diversas usinas do Brasil e atingirmos até 50% das 450 toneladas por ha de potencial da cana. Através de mecanismos estimulantes que agem em todo os sistema fisiológico da planta, a linha KT cria um alto índice de aproveitamento biológico e acelera o crescimento e desenvolvimento gerando altas produtividades”, diz.

Nos últimos meses, Cullers tem visitado diversas usinas e algumas delas como o Grupo Raízen e LDC, já toparam iniciar a experiência nos seus canaviais.

Carlos Coelho, diretor da Origem, que promoveu ontem (17) um evento na sede da empresa para cerca de 30 produtores do setor sucroenergético, explica que durante um ano, Cullers, analisa os canaviais brasileiro. “Tudo que Cullers coloca a mão se torna sucesso em produtividade e isso é impressionante”, afirma.

Coelho explica que a linha KT que leva a tecnologia do norte americano, é um produto equilibrado com micronutrientes, que consegue o máximo aproveitamento da taxa fotossintética, aceleração fosiológica do aproveitamento de recursos disponibilizados como a nutrição, luz, temperatura e água, estimula maior absorção de nutrientes via solo e folha, aumenta a resistência natural das plantas, um maior desenvolvimento das plumas, grãos e frutos e aumento expressivo da produtividade da área.

O estudo

Kip Cullers analisa em suas experiências, os elementos que roubam o potencial da planta e sua forma de estresse, que provoca a queda na produtividade. “Nosso trabalho localiza esse estresse e o elimina, e o restante a planta faz sozinha. A cana nada mais é do que um milho sem espigas. Conseguimos produzir até oito espigas por planta em nossas experiências. Acho que a aplicação do biofertilizante por meio aéreo deve ser feito sempre de acordo com a necessidade da cultura. O produtor não deve ficar esperando o dia perfeito para aplicar biofertilizante. Além do produto aumentar a altura da planta, aumenta seu vigor e o volume por tonelada, sem deixar de lado o aumento do índice de sacarose”, ressalta.