Mercado

Tarifas públicas pressionadas pelo preço dos combustíveis

As tarifas públicas tiveram variação positiva de 0,35% no mês de agosto sob a pressão dos aumentos nos preços dos combustíveis. Nem mesmo a queda de -2,67% no valor do gás de cozinha conseguiu segurar o aumento. No acumulado do ano a variação dos preços administrados chega a 5,58% e nos últimos doze meses alcançou o percentual de 14,62%, acima da inflação (IPCA) que foi de 14,48% em Curitiba.

Os preços da gasolina subiram 2,95% em agosto, depois de um aumento de 1,99% em julho. Já o preço do álcool, que em julho havia, apresentado uma queda de -13,06, em agosto foi reajustado em 9,49%. Os números foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). Segundo Sandro Silva, economista do órgão, uma família gasta em média R$ 401,77 só com as tarifas públicas (30% da renda familiar).

Novos aumentos

A variação dos preços administrados não tem sido maior devido à decisão judicial de segurar os preços das tarifas telefônicas. A princípio todas as liminares que garantiam o reajuste pelo IPCA de 14,34% (inflação) contra os aumentos pelo IGP (dólar) foram derrubadas. Mas as operadoras de telefonia ainda não repassaram os reajustes autorizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No caso do Paraná os novos percentuais poderão ser de 26,03% (residencial) e de 40% (comercial).

As operadoras aguardam a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, além de novos reajustes, podem ser autorizadas ainda a cobrar o valor retroativo ao mês passado. A Global Telecom já afirmou que caso isso ocorra, provavelmente, a empresa fará um escalonamento dos débitos.

Correios

Um aumento nas tarifas dos Correios (EBCT) também não foi descartada pelo Dieese. Segundo o órgão, extra-oficialmente se especula que a empresa poderia reajustar as tarifas de postagem em 17%. O reajuste ainda não teria sido autorizado devido a negociação coletiva com a categoria.

Os servidores querem 18,32% e a EBCT oferece 6,9%. Um aumento antes do reajuste, segundo os negociadores, daria argumento para que os trabalhadores exigissem uma correção salarial maior. A perspectiva é de pressão de preços sobre a cesta básica de setembro.

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