A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu nesta terça-feira pela manutenção da tarifa de 20 por cento que incide sobre importações de etanol no Brasil, retirando o biocombustível da pauta de discussões dos ministros que integram o órgão.
Em junho, em uma nova reunião da Camex, a tarifa do etanol deverá voltar à pauta.
“Aí sim, é bem provável que a alíquota seja reduzida a zero”, disse a jornalistas o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ao sair da reunião.
Para ele, os ministros decidirão por zerar a alíquota a partir de julho, com o objetivo de pressionar os Estados Unidos a também diminuírem a sua taxa, como anseia o setor privado brasileiro.
Os EUA possuem uma taxação elevada para o etanol importado, de 0,54 dólar por galão.
O Brasil gostaria de ver essa tarifa reduzida para poder exportar aos EUA em momentos de ampla oferta local.
Segund! o o ministro, embora a oferta de etanol esteja apertada nesta entressafra no Brasil, após um forte aumento no consumo , se a Camex decidisse pela redução da tarifa, o que em tese facilitaria aos brasileiros importações do etanol norte-americano, a medida não teria grandes efeitos para a oferta local.
Isso porque o Brasil começa a colher a nova safra de cana a partir de março no centro-sul, o que deve elevar disponibilidade do biocombustível.
“Se votássemos agora, não teria nenhuma influência, porque a nossa safra começa a ser colhida a partir de março.”