Mercado

Surge a primeira usina projetada para orgânicos

Um investimento envolvendo capital nacional e internacional está detalhando a instalação da primeira usina do País projetada com todas as especificações para produzir açúcar orgânico. As demais já existentes foram adaptadas para a produção orgânica, que tem mercado garantido nos países europeus, asiáticos e Estados Unidos. A confirmação é do consultor Nestor de Oliveira, do CTEQ (Centro de Treinamento e Educação em Qualidade), de Piracicaba (SP), que coordena todo o projeto, mas não revela os grupos empresariais envolvidos no negócio.

A área está em fase de terraplanagem. O início de funcionamento está

previsto para o próximo ano. Os equipamentos da indústria já foram comprados e os fornecedores estão sendo cadastrados pela nova usina, já que a unidade foi projetada para trabalhar com apenas 20% de cana própria. “Só estou autorizado a confirmar que a usina está sendo instalada na região Centro-Sul, cada detalhe obedece à risca as exigências do ISO 14.001, versão 2.004, e a usina já funcionará com esse certificado, o que há de mais novo em termos de regulamentação do mercado de orgânicos”, afirma o consultor do CTEQ.

A nova unidade vai criar mais de 500 empregos diretos, e todos os

trabalhadores estão sendo escolhidas com exigências tais quais as do ISO 14.001. “Para cada setor estamos escolhendo o que há de melhor em

conhecimento na produção de orgânicos”, acrescenta Nestor de Oliveira. Dos tratoristas aos diretores, todos vão ter que conhecer detalhadamente a produção e o mercado orgânicos. Esse é apenas um dos cuidados que estão sendo adotados no projeto. Os fornecedores, que serão responsáveis por 80% da cana moída pela usina, também estão sendo preparados para adoção de tratos culturais imprescindíveis, como a não utilização de produtos químicos, substituídos por produtos orgânicos, cuidados idênticos reservados para o canavial próprio da usina numa área de 5 mil hectares.

O projeto prevê inicialmente uma usina de pequeno porte, com capacidade para produção de 30 toneladas de açúcar diariamente e funcionamento já a partir do próximo ano, apesar da planta industrial estar projetada para ampliação conforme a demanda do mercado e novos contratos de exportação. “O que é também importante é que a usina será a primeira totalmente projetada para a produção de açúcar orgânico, não adaptada como aconteceu com as que já estão em operação, apesar da eficiência e da qualidade do que produzem”, diz Nestor de Oliveira.

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