O agronegócio brasileiro exportou US$ 36,03 bilhões de janeiro a novembro deste ano e importou apenas US$ 4,46 bilhões, com isso o superávit comercial atingiu US$ 31,578 bilhões, resultado 34,3% superior ao mesmo período de 2003. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgados ontem mostram que o agronegócio foi responsável por 41,3% das exportações globais do Brasil.
O desempenho das vendas externas em 11 meses é 29,2% superior aos US$ 27,889 bilhões registrados no mesmo período de 2003. É o maior valor acumulado neste período desde 1989. Com isso, espera-se que o agronegócio alcance um superávit de US$ 33 bilhões no ano.
De janeiro a novembro deste ano, houve crescimento nas exportações do complexo soja (27,3%), carnes (52%), madeiras (46,5%), lácteos (48%), café (31%), açúcar e álcool (40%), borracha natural (41,6%) e cereais, farinhas e preparações (113,5%). No acumulados dos últimos 12 meses, as remessas do agronegócio somam US$ 38,786 bilhões, 30% acima do registrado nos 12 meses anteriores. O saldo positivo do período totaliza US$ 33,909 bilhões.
A balança comercial fechou o mês de novembro com superávit de US$ 2,549 bilhões – 29,6% acima de novembro de 2003. Foram exportados US$ 2,982 bilhões (26,1%). Carnes, madeiras, café, açúcar, fumo e tabaco mantiveram a boa performance. Complexo soja e cereais apresentaram uma pequena retração. O complexo soja gerou US$ 407,2 milhões em divisas, 2,3% menos que em 2003. O Brasil deve exportar US$ 10 bilhões em soja, 25% mais que em 2003. As vendas de cereais caíram em razão de uma menor exportação de milho no segundo semestre do ano.
As exportações de carnes seguiram em alta devido à demanda mundial e à ocorrência de problemas sanitários em importantes produtores e exportadores mundiais. As vendas alcançaram US$ 482,9 milhões em novembro, um resultado 23,4% superior aos US$ 391,3 milhões de 2003. No ano, as vendas do complexo carnes já somam US$ 5,044 bilhões (52%).