O grupo açucareiro francês Saint Louis Sucre tem intenção de se desenvolver no Brasil, em vista de um contexto cada vez mais competitivo na Europa e da previsível mudança do sistema de ajudas européias que o setor recebe. O presidente da Saint Louis Sucre, filial do gigante alemão Sudzucker, Frédéric Rostand, declarou que no Brasil seus objetivos são “instalações existentes e a criação de operações no País”. Seria a primeira operação fora da Europa.
Para isso, pretendem aproveitar resultados “sólidos apesar de um contexto desfavorável”, explicou Rostand em declarações publicadas na semana passada pelo Le Figaro.
O Brasil é o principal competidor da Europa no mercado mundial do açúcar, já que para 2010 se prevê uma produção de 36 milhões de toneladas, das quais 26 milhões serão destinados à exportação.
A Saint Louis Sucre recebeu na última temporada, de seus produtores de beterraba na França, matéria-prima para fabricar cerca de um milhão de toneladas de açúcar, graças a níveis de rendimento recordes de 12,2 toneladas por hectare.
Isso lhe permitiu conseguir um resultado operacional de € 158 milhões, frente aos € 129 milhões do ano passado, mas a empresa teve € 5 milhões de prejuízo, frente a € 4 milhões de lucro. O faturamento aumentou para € 1,080 bilhão de euros, frente aos € 975 milhões no exercício 2003-2004. Apesar dos resultados, o contexto geral do setor pode ser difícil com a queda do preço do açúcar.