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Sucroalcooleiro será destaque na feira

Ribeirão Preto (SP), Os organizadores da 14 edição da Agrishow Ribeirão Preto, que começa segunda-feira, pleiteiam ao governo federal a redução dos juros nos financiamentos para acelerar as vendas de máquinas agrícolas.

“Nos últimos quatro anos, a taxa básica de juros (Selic) caiu de 26% para 12,25% ao ano, mas os juros para compra de máquinas agrícolas continuam os mesmos”, reclama Francisco Matturro, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq).

A principal linha de financiamento do setor, o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mantém há anos as mesmas taxas de juros. São 8,75% ao ano para produtores com renda anual de até R$ 250 mil e 10,75% ao ano para produtores com renda acima desse valor, já incluída a remuneração da instituição financeira credenciada. Segundo Maturro, a Abimaq, uma das organizadoras da Agrishow, já oficializou o pedido de redução dos juros ao Ministério da Agricultura.

Além disso, segundo o BNDES, “as empresas fabricantes ou as concessionárias e distribuidoras autorizadas que desejarem participar deste programa deverão concordar em pagar ao BNDES 4% do valor de cada liberação, cujo montante será deduzido pela instituição quando do repasse dos recursos à instituição financeira credenciada”.

“Também pedimos ao Ministério da Agricultura o fim dessa taxa. Até 2004, essa taxa de equalização era garantida pelo Tesouro Nacional, para compensar eventual desequilíbrio entre as taxas de juro e a inflação”, explica Maturro, que também é diretor comercial da Marchesan, tradicional fabricante de implementos agrícolas de Matão, no interior paulista.

Além da queda da taxa de juros, os organizadores da feira esperam crescimento no volume de negócios para esta Agrishow, que vai até dia 5 de maio. Assim como no ano passado, o setor canavieiro deverá ser o destaque do evento.

“A gente respira um ar melhor do que nos dois anos anteriores. Embora o produtor de grãos esteja endividado e a cotação do dólar esteja muito baixa, a crise passou”, diz Sérgio Magalhães, presidente do Sistema Agrishow. Para ele, a feira deverá movimentar R$ 800 milhões, em comparação com R$ 700 milhões em 2006. “Cana, café, laranja, milho e soja vão bem e a renda está crescendo no campo. Por isto estamos otimistas”.

Com 700 empresas expositoras, a Agrishow Ribeirão Preto espera receber entre 140 mil e 150 mil visitantes.