A paralisação das atividades de usinas em São Paulo e em outros Estados é fruto da mudança de perspectivas no setor após a crise de 2008.
No governo Lula, que liderou campanha para incentivar o uso do etanol, o setor sucroalcooleiro viveu o momento alto do combustível.
O objetivo das medidas era diminuir a dependência do petróleo e reduzir a emissão de gases poluentes.
Impulsionado pelo futuro promissor, o setor investiu milhões de reais em dezenas de novas usinas. No entanto, a crise financeira (e a alta dos juros de empréstimos), as dificuldades climáticas e, recentemente, os subsídios para baixar o preço da gasolina afetaram os planos.
“A perda de competitividade do etanol reduz a perspectiva de retorno e isso inibe investimentos”, diz Elizabeth Farina, presidente da Unica.
Além disso, o outro produto que segura a rentabilidade do ramo, o açúcar, não passa por bons momentos.
“Muitos países estão aumentando a produção para se tornarem autossuficientes. Isso faz o preço cair”, diz Tatiana Gonçalves, gerente comercial da empresa NexSteppe na América do Sul.
Fonte: Folha de S. Paulo