André Dorf, presidente da CPFL Brasil, comenta, em entrevista ao editor do JornalCana, Delcy Mac Cruz, sobre a subestação de energia elétrica Morro Agudo, que exigiu investimentos de R$ 100 milhões foi oficialmente inaugurada em 14/09 em Morro Agudo, município da região Nordeste do estado de São Paulo.
A subestação é uma estrutura de conexão para a energia elétrica produzida a partir da biomassa da cana-de-açúcar. Duas delas já forneciam eletricidade dessa biomassa para a rede: as UTE Virálcool, do Grupo Tonielo, e a UTE Ibitiúva.
Segundo Dorf, a subestação está apta a receber eletricidade de 33 usinas de cana localizadas em um raio de até 100 quilômetros da estrutura recém-inaugurada.
Ao todo, as 33 usinas têm potência instalada de 1.727 megavolt ampere (MVA), potência exportada de 765 megawatts (MW) e consumo próprio de 735 MW. Considerando o excedente de energia que essas 33 usinas conseguem produzir na região de Morro Agudo, existe a possibilidade de aumentar o fornecimento para a rede em 227 MW, o que significa o consumo anual de uma cidade como Ribeirão Preto.
As usinas estão localizadas em 20 municípios: Ariranha, Batatais, Buritizal, Colina, Colômbia, Guaíra, Guariba, Igarapava, Jaboticabal, Jardinópolis, Morro Agudo, Patrocínio Paulista, Pitangueiras, Pontal, Pradópolis, São Joaquim da Barra, Serrana, Sertãozinho, Severínia e Vista Alegre do Alto.
Mais sobre a subestação
Com sete autotransformadores e potência total de 800 MVA, a Subestação Morro Agudo é composta por dois setores, um de 500 quilovolts (kV) de tensão, com duas entradas de linha, e outro de 138kV de tensão, com seis entradas de linha. Instalada em uma área de 150 mil metros quadrados, o empreendimento contempla a infraestrutura necessária às expansões futuras em redes de 138kV, por meio do seccionamento da Linha de Transmissão de 500kV Marimbondo–Ribeirão Preto.