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S&P reafirma rating de crédito BB- da Cosan

A Standard & Poors Ratings Services reafirmou hoje os ratings de crédito corporativo de longo prazo BB- atribuídos à empresa de açúcar e álcool Cosan Limited e à sua subsidiária operacional brasileira, Cosan S.A. Indústria e Comércio. A Standard também removeu a empresa da listagem CreditWatch negativo, em que foram colocados em 16 de março de 2009, após o anúncio de que a Cosan e a Nova América S.A. Agroenergia (Nova América) assinaram um acordo para unir seus negócios de açúcar e etanol. Na análise da Standard & Poors, os ratings da Cosan refletem o alto volume de endividamento da empresa, principalmente depois das aquisições da Esso e da Nova América; bem como os riscos potenciais de integração e aqueles inerentes aos negócios das commodities – açúcar e etanol -, entre os quais se incluem: os preços e margens bastante voláteis, a forte sazonalidade nos lucros e fluxos de caixa, as am! plas oscilações de capital de giro durante a época da safra, além das elevadas barreiras comerciais e medidas protecionistas impostas por diversos dos grandes mercados de açúcar. Porém, vários fatores atenuam em parte esses riscos. A Cosan beneficia-se de vantagens em termos de custos na produção de açúcar e etanol por causa do clima favorável no Brasil, além de ganhos de escala e eficiências logísticas e operacionais. Sua integração vertical que abrange desde o plantio da cana-de-açúcar até a distribuição de combustível no mercado de varejo, combinada a investimentos em cogeração de energia, ajuda a reduzir a volatilidade nos fluxos de caixa. “A liquidez da empresa é adequada, o que se evidencia pelas elevadas reservas de caixa tanto da Cosan S.A. quanto da Cosan Limited, e pelo baixo volume de vencimentos de dívida no curto prazo. Também contribuiu para isso, o fato de a Cosan ter contratado com o Bradesco uma linha de crédito no valor de R$ 1,1 bilhão com o objetivo de alongar , por mais um ano, o prazo de vencimento de suas notas promissórias utilizadas para financiar a aquisição da Esso. O perfil de dívida consolidado também melhorou com o alongamento do prazo da maior parte da dívida da Nova América, no montante de R$ 1,15 bilhão, para cinco anos, com um período de carência de dois anos.”, informa a Standard.