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SP confirma Agrishow em Ribeirão até 2014

A Secretaria de Estado da Agricultura anunciou ontem o fim da possibilidade de transferência da Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), realizada há 16 anos em Ribeirão Preto, para São Carlos. Um acordo firmado entre a pasta, que cede a área para a feira, e as entidades organizadoras garante o evento na cidade até 2014.

“A secretaria tem interesse em que seja promovida [em Ribeirão] uma feira de transferência de tecnologia. E, por outro lado, as entidades também querem fazer uma feira onde elas vendam suas máquinas e ganhem dinheiro”, afirmou o titular da pasta, João Sampaio.

Com o acordo, as entidades pagam para utilizar a área da Fazenda Experimental do Estado, em Ribeirão, onde funciona um centro de pesquisa na área de cana e biocombustível. Para atender a um pedido das organizadoras, o governo municipal também vai investir na melhoria da infraestrutura.

“A prefeitura deve entrar com investimentos para melhoria de infraestrutura das ruas da feira e construção de novos sanitários”, disse a prefeita Dárcy Vera (DEM).

Embora o anúncio de transferência da Agrishow para São Carlos, feito há cinco meses pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), tenha gerado uma verdadeira disputa entre governos a partir de Ribeirão, Sampaio afirmou que não houve caráter político no acordo anunciado. “Em nenhum momento a Secretaria da Agricultura se envolveu na questão São Carlos. Isso era uma decisão da Abimaq”, disse Sampaio.

À Folha o prefeito de São Carlos, Oswaldo Barba (PT), disse não ter ficado decepcionado com a desistência da Abimaq porque o projeto da! Cidade da Bioenergia, que envolve a construção de um centro de pesquisas e exposições, é estratégico para o país e muito maior que a feira. “A Agrishow é um evento comercial da Abimaq, que monta a feira onde quiser. O que nós vamos fazer é um grande espaço onde vamos expor o que nós desenvolvemos em tecnologia de energia renovável.” Segundo ele, a Cidade da Bioenergia vai operar 365 dias por ano e não “apenas seis dias”, como a Agrishow.