O ministro Roberto Rodrigues, disse hoje durante a abertura da Feicana 2003 em Araçatuba (SP), que sente saudades do tempo em que era produtor de cana. “Sinto falta do cheiro da cana sendo plantada, de poder colocar a mão na terra, adubar. Eu era feliz e não sabia”.
O ministro é engenheiro agrônomo, formado em 1965, e tem orgulho de dizer da vocação da família pela terra.
Durante a abertura da feira, Rodrigues relembrou a saga do Rodrigues e anunciou o desejo de que os filhos continuem na produção de cana. “Assumi os negócios da família em 1966, no auge da crise da produção de cana, meu pai era produtor e gostaria que os filhos também continuassem a cultivar a cana”, frisa.
Rodrigues relembrou também um pouco da história do setor canavieiro no Brasil. “Durante a crise canavieira nos anos 60, havia um parque industrial incapaz de moer a grande quantidade de cana plantada. Tinha cana sobrando, mas vivíamos num setor organizado, que foi acabando por causa da crise”, lembra.
Segundo o ministro, daí surgiu o processo cooperativista em Guariba, interior de São Paulo. Para ele, falta organização no setor sucroalcooleiro atual e o empresário deve ter atuação social. “O imediativismo na cadeia produtiva atrapalha o crescimento do setor. O social deve prevalecer, o empresário deve ter a atuação voltada para serviços sociais”, diz.