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Sindipetro elogia decisão da ANP de monitorar os preços do álcool

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado da Paraíba (Sindipetro-PB), Evaristo Cavalcanti, elogiou a iniciativa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) de monitorar o comportamento dos preços do álcool hidratado e anidro em toda a cadeia de comercialização, desde a usina até a revenda. A fiscalização visa descobrir a causa da redução nos preços do combustível nas unidades produtoras – em média de 39% – não ter chegado ao consumidor. A informação de que a ANP faria essa fiscalização foi dada pela ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, na semana passada.

De acordo com Evaristo, essa será uma ótima oportunidade de mostrar para a opinião pública que os donos de postos, que são a parte mais fraca da cadeia de combustíveis, são os que menos influenciam nos preços final ao consumidor. “Essa medida da ANP é bem-vinda desde que seja colocada em prática uma amostragem mais rigorosa porque, assim, todos os olhares estarão voltados às distribuidoras que não têm repassado às revendas o preço real do mercado no álcool”, disse. Segundo o presidente do Sindipetro-PB, a maioria dos problemas do setor têm origem nas distribuidoras. “Felizmente as autoridades públicas conseguiram perceber isso a tempo”, enfatizou Evaristo.

Segundo pesquisa realizada pela ANP entre a última semana de janeiro e a segunda quinzena de fevereiro, os preços do álcool nas usinas despencaram em 39%, enquanto que nos postos a queda foi de apenas 6% no mesmo período. “O preço nos postos reflete o valor de compra do produto na distribuidora, se esta já repassa para o revendedor um preço alto isso, fatalmente refletirá nos preços da bomba”, finaliza o presidente do Sindipetro-PB.