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Sindipetro defende queda no preço do litro do álcool

Opresidente do Sindicato dos Produtos e Derivados de Petróleo na Paraíba (Sindipetro-PB), Evaristo Cavalcanti, criticou ontem o preço cobrado pelo litro do álcool em João pessoa. Ele disse que o valor do produto, que gira de R$ 1,65 a R$ 1,69, poderia ser menor se houvesse uma fiscalização mais intensa. Evaristo justificou que a Paraíba tem grande quantidade de matéria-prima porque está na safra da cana de açúcar. Por isso, segundo ele, não há motivos para que o álcool seja vendido a esse preço.

Mesmo não apostando em nenhum valor, o sindicalista disse que a fiscalização no Estado está deficiente e, por isso, os clientes vêm comprando o álcool tão caro. O presidente deu a declaração no dia em que o Sindpetro de São Paulo declarou que o álcool subiu 12 % e que, possivelmente, esse reajuste será passado para os clientes ainda nesta semana.

Evaristo disse que a safra de cana de açúcar em São Paulo está em baixa e que a matéria prima passou a ser escassa. Por isso que, lá, o custo do álcool subiu. Mas ele ressaltou que isso não ocorre na Paraíba. Portanto, não há razões legais para o preço subir aqui também. Por outro lado, ele disse que não pode garantir se o álcool vai continuar do mesmo valor ou não.

Segundo ele, existe o perigo de alguns comerciantes aproveitarem o reajuste do álcool em São Paulo e reajustar o produto na Paraíba. “Estou alertando a sociedade para evitar que isso aconteça. Não é costume a Paraíba acompanhar o preço de São Paulo, mas sempre existem alguns espertinhos que se aproveitam da ocasião. Por isso, é importante que o Fisco Estadual fiscalize melhor as notas fiscais e vejam qual o dono de posto está praticando o preço abusivo”, frisou.

E MAIS

Já em relação ao preço da gasolina, o presidente do Sindipetro não fez criticas e, sim, elogios. Ele disse que a Agência Nacional do Petróleo divulgou pesquisa na semana passada e que a Paraíba aparece como o quinto Estado que vende a gasolina mais barata do Nordeste. Para Evaristo, a gasolina, que custa de R$ 2,49 a R$ 2,54, “teria motivos de sobra” para ser mais cara. “Aqui, o consumo é menor do que em outros Estados. E quando o consumo é menor, é normal que os comerciantes aumentem o preço para ficar na margem do lucro. Mas, isso não está acontecendo. Tanto é que existem quatro Estados onde o produto é mais caro do que no nosso”, disse.