Os Projeto Imagem e Comprador, que integram a programação do VI Simtec (Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira), atraíram jornalistas e empresários estrangeiros, que termina nesta sexta-feira, em Piracicaba, SP.
Implementados pela parceria Apla/Apex (Arranjo Produtivo Local do Álcool/Agência de Promoções à Exportação), os projetos foram criados para mostrar o potencial brasileiro no que se refere às novas tecnologias e ao desenvolvimento de pesquisas no setor sucroalcooleiro.
Nesta quarta-feira (2), o presidente da Apla, José Antonio de Godoy, destacou que a 6ª edição do Simtec já é apontada como a melhor, em relação a anos anteriores, em termos de participação estrangeira. “São mais de 100 pessoas de todo o mundo este ano”, disse.
O projeto Comprador atraiu 18 empresários de 11 países, além de um grupo formado por 21 técnicos de Cuba e da Venezuela. O gerente de operações da Compañía Azucarera Tres Valles (Catv), Luis Rodezno, de Tegucigalpa (Honduras), participa do Simtec para reforçar os laços com empresários brasileiros.
A empresa hondurenha estabelece negócios com brasileiros desde 2003 para a cogeração de energia em caldeiras de alta pressão. “O Simtec é interessante porque traz segurança às conversas de negócios. Também estamos conversando com a Colômbia e essa mistura é bem interessante para o processo de negociação”, disse.
O gerente geral da corporação boliviana Unagro, localizada em Santa Cruz, Marcelo Fraija Sauma, contou que em dois dias de participação nas palestras e rodadas de negócios no Simtec, conseguiu expandir seus conhecimentos e a admiração pelo Brasil. “A liderança do Brasil em tecnologia é um dos motivos que faz do País uma preferência em relação a negócios no setor sucroalcooleiro”.
Segundo o secretário-executivo do Apla, Flavio Castelar, as rodadas de negócios internacionais têm sido bastante proveitosas. Visitas de estrangeiros de diversos países estão sendo aguardadas para hoje (3). “O intuito é conhecer, no campo, a tecnologia desenvolvida no Brasil e apresentada pelos expositores do Simtec”.
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Imagem
Quatro jornalistas dos Estados Unidos, Inglaterra, México e Portugal participam do projeto Imagem, com o objetivo de divulgar as ações nacionais do setor em seus países de origem e formar opinião sobre as tecnologias do setor sucroalcooleiro desenvolvidas no Brasil. “A idéia é que esses formadores de opinião voltem para casa com uma imagem favorável em relação a nossa capacidade produtiva do etanol”, afirmou o presidente do Apla
Segundo Godoy, há muito o que esclarecer sobre o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil. “Por conta da dimensão territorial do País, muitas vezes os estrangeiros não conseguem definir as áreas de plantio de cana e acabam considerando que o cultivo é feito na Amazônia, sem saber que aquela região não possui condições favoráveis para esse tipo de cultura.
Para o editor do jornal inglês International Sugar, Arvind Chudasama, o Brasil é responsável pelo que chamou de “revolução do biocombustíveis no mundo”. O jornalista destaca o progresso brasileiro em termos de pesquisa sobre o etanol e ficou surpreso com a quantidade de empregos gerados pela colheita da cana-de-açúcar (500 mil somente no Estado de São Paulo)
A repórter do jornal mexicano El Financiero, Maria Esther Arzate, disse que seu país tem interesse em conhecer melhor as tecnologias desenvolvidas pelo Brasil, considerado um líder produtor de etanol. “No México não há produção de etanol, por isso há grande interesse em aplicar essa experiência brasileira em nosso país, mas seria necessário muito investimento e conversão de plantas para a produção do etanol”.
O português Eduardo Lobão Bernardo, repórter da Agência Lusa de Notícias, de Lisboa, ficou surpreso com a grande mobilização provocada pelo setor sucroalcooleiro na cidade e parabenizou a iniciativa de realização do Simtec. “Em Portugal ainda estamos construindo espaços crescentes para a produção do etanol. O governo concede alguns apoios fiscais, mas poderiam ser melhores. A partir dessa minha participação no Simtec posso dizer que este é um admirável mundo novo que pode funcionar”.
O jornalista Willian Lemos, do Icis News, de Houston, EUA, participou pela segunda vez do Simtec. “Quando estive aqui pela primeira vez, não sabia que Piracicaba era um centro produtor e acadêmico de biocombustíveis e fiquei impressionado com as empresas instaladas aqui”. Ele lembrou que nos Estados Unidos o etanol é lei e que para 2009 está prevista a adição de 11 bilhões de litros de etanol nos combustíveis. “A Flórida é bastante favorável ao etanol brasileiro”, afirmou.
