O zoneamento agroecológico das áreas de plantio de cana no Brasil foi tema da palestra do coordenador geral de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura (Mapa), Cid Jorge Caldas, na abertura da 6ª edição do Simtec (Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira). O evento vai até sexta-feira, no Parque do Engenho Central, em Piracicaba, SP.
Ao falar sobre ordenamento territorial para expansão da cana no País, Cid Caldas destacou a competitividade do biocombustível brasileiro e a importância do trabalho do mapeamento agrícola para identificação das melhores áreas de expansão canavieira. O estudo leva em conta uma série de características como declividade, clima e a necessidade de mecanização do cultivo.
Segundo Caldas, o zoneamento vai facilitar a definição de políticas públicas de incentivo para o setor sucroalcooleiro. “Nas áreas onde a instalação das culturas for facilitada, Estados e municípios poderão instalar unidades produtoras de açúcar e álcool, criando condições de logística para o desenvolvimento da produção”, conta.
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“É a primeira vez no Brasil que se desenvolve um trabalho técnico desses, é um panorama inédito, um estudo que pode subsidiar legislação sobre o tema, direcionando onde melhor poderão ser instaladas as unidades produtoras de açúcar e álcool”, disse Caldas.
O estudo não leva em conta áreas de cultivo alimentar e exclui também as de clima inadequado, solos não apropriados, biomas sensíveis para expansão de área de reserva, cana irrigada, declividade acima de 12% e, com a inovação tecnológica, declividade até 19%. Até 31 de julho, o mapeamento deve estar concluído para ser entregue ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
