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Setor sucroenergético de PE pede ajuda à ministro Alexandre Padilha

Nesta quinta-feira (5), produtores de cana e industriais do setor sucroenergético pernambucano por meio do governador Eduardo Campos, apresentarão ao ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, propostas de medidas governamentais que visam estimular o desenvolvimento do segmento no Estado e em toda região Nordeste.

Os líderes discutirão na sede do governo do Estado de Pernambuco, formas de garantir a sustentabilidade do setor sucroenergético pernambucano e a respectiva competitividade no mercado nacional.

De acordo com o vice-presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Paulo Guedes, a má distribuição das chuvas no Nordeste, com destaque para os Estados de Pernambuco e de Alagoas, é um dos pontos que justificam a implementação das medidas pelo Governo Federal. Além das condições do relevo irregular, situação que eleva os custos de produção agroindustrial. “Essas questões adversas do clima e solo vêm contribuindo para a redução da participação da produção canavieira nordestina em relação a outras regiões brasileiras, a exemplo do Centro-Sul, que não existem tais problemas”, diz.

Dentre as propostas, será abordada a efetivação de tecnologias que propiciem incremento de produtividade. “A fim de subsidiar a inovação e a sustentabilidade da cadeia produtiva é preciso alocar mais recursos que visem apoiar os centros especializados na Região, como o Instituto Agronômico de Pernambuco, Centro de Tecnologias Estratégias do Nordeste, entre outros”.

Segundo o vice-presidente, como o setor convive com os impactos das mudanças do clima, é preciso investir antecipadamente em ações integradas que objetivam a respectiva mitigação dos efeitos nocivos. Ele ressalta que para evitar futuros prejuízos econômicos e sociais decorrentes da instabilidade das chuvas, como foi o caso deste ano, é preciso investir em tecnologias de estabilidade hídrica, dentre elas, a produção de chuvas localizadas regionalmente, por meio de indução.

A inclusão da cana-de-açúcar produzida na região Nordeste no Programa de Garantia de Preço Mínimo (PGPM) também será sugerida ao ministro. Os méritos jurídicos da solicitação, inclusive, já contam até com um parecer favorável da Advocacia Geral da União (AGU) outorgado ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).