Mercado

Setor quer logística para expandir mercado do álcool

Os empresários do setor sucroalcooleiro estão elaborando uma proposta a ser levada para o governo com a finalidade de se criar uma logística de exportação de álcool combustível para os Estados Unidos e União Européia, onde estão definidas regras protecionistas. A confirmação é do empresário João Carlos Figueiredo Ferraz, presidente da Crystalsev, um dos maiores grupos negociadores de açúcar do País. Para ele, ao contrário do açúcar, que tem mercado consolidado, o álcool precisa de maiores cuidados e estratégias de comercialização.

A discussão interna do setor ganha proporções num momento em que o álcool é preparado para ser transformado numa commoditie diante de mercados que se abrem, como no Japão. O presidente do Sindaçúcar/PE (Pernambuco), Renato Cunha, afirma que “a logística envolve controles de processo que objetivam alavancar as relações internacionais, e o setor deve ficar atento à necessidade de atualizar os processos logísticos, e ao mesmo tempo insistindo na modernização da infra-estrutura (portos, ferrovias, cabotagem, etc)”.

Para o presidente da Alcopar (Associação dos Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná), Anísio Tormenta, a expansão do mercado pretendida pelo setor precisa ser definida em sua proporção, encaminhando investimentos da iniciativa priva e do Poder Público na infra-estrutura portuária e de transporte (ferrovia, rodovia e hidrovia).

No caso do empresário Luiz Guilherme Zancaner, presidente da UDOP (Usinas e Destilarias do Oeste Paulista), quando o assunto é expansão de mercado (principalmente internacional), ele se mostra preocupado não só com a logística portuária e de transporte, mas também com a estrutura de armazenagem do próprio setor.

Na avaliação do empresário José Pessoa Queiroz Bisneto, “saber conduzir a expansão do setor será o grande desafio das lideranças, e o sucesso nesta condução, sem dúvida, trará grande desenvolvimento para o Brasil, podendo nos próximos 10 anos, por exemplo, dobrar a quantidade de empregos gerados direta e indiretamente”.

Leia reportagem especial sobre logística e comercialização na edição deste mês do Jornal Cana.