Mercado

Setor faz balanço da safra em Minas Gerais

Os associados dos Sindicato da Indústria do Açúcar e da Fabricação do Álcool de Minas Gerais (Siamig/Sindaçúcar-MG) farão um balanço da safra de cana-de-açúcar, exportação de açúcar e álcool e abastecimento interno, em reunião que será realizada hoje na Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), a partir das 15h.

Minas Gerais está colhendo uma safra recorde este ano de 21 milhões de toneladas de cana e previsão de produção até dezembro de 1,3 milhão de toneladas de açúcar e cerca de 750 milhões de litros de álcool.

A reunião contará a presença do diretor superintendente do Grupo Tércio Wanderley (Usina Coruripe), Vítor Montenegro Wanderley, que recebe esta noite, às 20h na Assembléia Legislativa o título de Cidadão Honorário de Minas Gerais. O Grupo Coruripe conta com quatro usinas no país, a matriz em Alagoas e mais três em Minas Gerais (Iturama, Campo Florido e Limeira do Oeste) e é o principal integrante do setor no estado na Parceria-Público-Privada com o governo para a construção de 128 quilômetros de rodovias, estimados em R$ 29,6 milhões.

“A construção de estradas é de fundamental importância para a viabilização de nosso empreendimento, mas visa atender a toda a comunidade”, ressalta o diretor do Grupo. Segundo ele, não se constrói ou se monta um empreendimento, principalmente, no agronegócio, sem a devida infra-estrutura para escoamento dos produtos e recebimento de matéria-prima. O grupo já construiu 72 quilômetros (Iturama-União de Minas; Iturama-Limeira do Oeste e Campo Florido-Pirajuba) orçados em R$ 12,8 milhões. Já em fase de construção até 2006 estão os trechos de Pirajuba para a BR 262; Acesso Estrada do Cruzeiro do Sul-Br262 e Pirajuba-Frutal-Planura, demandando recursos de R$ 16,8 milhões.

O presidente do Siamig/Sindaçúcar-MG, Luiz Custódio Cotta Martins, ressalta que o setor, atualmente, é um dos que possui melhores perspectivas dentro do agronegócio mundial, principalmente, após a assinatura do Protocolo de Kyoto pelo governo Russo. Para a consolidação deste crescimento, porém, ele destaca a necessidade de o governo do Estado reduzir a alíquota de ICMS do álcool de 25% para 12%, assim como São Paulo, diminuindo o preço do combustível na bomba e incentivando o aumento do consumo. “As exportações estão com excelentes perspectivas, mas precisamos de medidas que estimulem o consumo interno em Minas Gerais”, afirma.