Mercado

Setor discute o papel das unidades independentes

As usinas e destilarias independentes da região Centro/Sul têm sido apontadas como grandes responsáveis pela queda dos preços do açúcar e álcool nos mercados. O JornalCana levantou reportagem completa sobre o assunto e a publica em sua próxima edição (123).

Afinal, até que ponto e por quê as usinas e destilarias têm responsabilidade na queda dos preços? Quem são, quantas são, qual seu poder de fogo e como atuam e se relacionam esses independentes?

Das pouco mais de 220 usinas e destilarias da região Centro/Sul, exatas 84 são consideradas independentes. Isto é, embora algumas delas pertençam a associações de produtores, negociam suas produções em separado.

As associações reclamam dessa independência comercial. Para a Unica – União da Agroindústria Canavieira de São Paulo, os independentes respondem por quase 20% de toda a produção da agroindústria sucroalcooleira. “Os independentes não têm compromisso setorial, trabalham com vínculos relacionados somente com os próprios interesses e, mesmo sendo minoria, sempre provocam estragos na comercialização da safra como um todo”, desabafa o vice-presidente da Alcopar – Associação dos Produtores de Açúcar e Álcool do Paraná, Paulo Adalberto Zanetti.

Na Udop – União das Usinas e Destilarias do Oeste Paulista, o presidente da entidade, Luiz Guilherme Zancaner, não se intimida e fala claramente: “Essas unidades independentes e sem compromisso setorial comercializam o álcool em seis meses, fazem qualquer negócio para garantir fluxo de caixa e são responsáveis pelo momento de preços defasados e uma remuneração que, sendo mantida nos atuais patamares, prenuncia uma crise para o setor”. Os produtores respondem que não têm outra alternativa, sob pena de serem obrigados a fechar as portas. Alegam que são obrigados a agir independentemente por motivos logísticos e, principalmente, de fluxo de caixa. Os independentes explicam que são obrigados a uma dura rotina, a de vender de manhã para comer à tarde.

(Veja matéria compelta na edição 123 do jornalCana).