O Instituto Agronômico de Campinas (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, irá lançar três novas variedades de cana-de-açúcar com alta eficiência em produtividade e teor de sacarose – IACSP95-5094, IACSP96-2042 e IACSP96-3060. O lançamento será nesta terça, 14 de setembro de 2010, às 15h, no Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Preto.
Avaliadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Mato Grosso, Bahia, Maranhão e Tocantins, as três novas variedades, apresentam vantagens na produção de biomassa em relação à maioria dos materiais em uso, de acordo com o pesquisador e diretor do Centro de Cana do IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell. “Entre produtividade de biomassa e teor de sacarose as novas variedades estão produzindo 10% a mais que as usadas na primeira metade desta década”, diz. Esse ganho pode chegar aos 30% se os produtores explorarem o potencial desses materiais, associando-os aos ambientes de produção adequados.
Landell comenta que as variedades modernas são desenvolvidas com foco em regiões e períodos de safra específicos, o que significa que cada variedade tem seu desempenho ampliado se cultivada nas condições de solo e clima e para o período para as quais foi melhorada.
Segundo o pesquisador, o aumento da produção reflete na viabilidade econômica do negócio e na sustentabilidade ambiental, pois quando se amplia a margem de lucro, em geral, há repercussão no capital verde.
Essas três variedades têm perfil para atender também aos critérios agroambientais e à demanda atual da agroindústria. A IACSP95-5094, IACSP96-2042 e IACSP96-3060 adequam-se ao plantio mecânico e à colheita mecânica crua, dispensando a queima. A IACSP95-5094 e IACSP96-2042 têm adaptação muito boa à região do cerrado e trazem a perspectiva de otimizar a produtividade nas regiões secas, antes ocupadas por pastagens. A IACSP96-3060 tem longo período de utilização, característica que contribui na logística da cadeia de produção por flexibilizar o período de colheita. Apresenta também excelente resposta em área orgânica. “Os três materiais são excelentes, cada um é otimizado em condições mais específicas, de acordo com o perfil regional”, diz.