Para restabelecer a competitividade, atender o mercado e a crescente demanda por etanol e açúcar, o setor brasileiro precisa de uma retomada de investimentos, que trouxesse novos projetos de plantas ao Brasil. Existem hoje 60 projetos em andamento, mas todos com prazo indeterminado. E para dar conta de toda a demanda, segundo especialistas do setor, pelo menos mais cem usinas deveriam ser criadas.
Segundo o presidente da Unica, seriam necessários investimentos de cerca de R$ 80 bilhões nos próximos 10 anos, o que resultaria na produção adicional de 400 milhões de toneladas de cana e 150 novas usinas.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que não faltarão investimentos ao setor sucroenergético. “No curto prazo temos desafios, como o investimento para aumentar a capacidade de produção, precisamos ampliar e expandir a oferta de cana com novos projetos greenfields,” explicou.
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Para o consultor Plínio Nastari, os investidores externos observam o setor e procuram respostas sobre logística. “Falta definição clara de objetivo e uma política fiscal que dê tranqüilidade e induza o setor privado a fazer investimentos. Até lá estaremos perdendo oportunidades”, afirmou. Andy Duff, chefe de pesquisas e Agronegócios do Rabobank apontou as incertezas do mercado como pontes para entrave na entrada de capital.
O desafio então é encontrar formas de voltar a atrair investimentos para o mercado sucroenergético brasileiro. “Precisamos encontrar solução para reduzir custo da cadeia de produção para atrair investimentos. Para isso são necessários mecanismos de políticas públicas e desoneração fiscal”, concluiu José Carlos Grubisich, presidente da ETH.
Matéria publicada na Revista Bio&Sugar – Edição 7. Mais informações no site: www.bio-sugarmagazine.com
