A reforma que desregulamentou o setor açucareiro no país, a instabilidade climática e as doenças que assolaram os canaviais têm causado perdas consideráveis aos produtores australianos, conforme avaliação de Alf Cristaudo, presidente da Associação dos Produtores de Cana da Austrália, que participou da 25ª reunião da WABCG, realizada em Ribeirão Preto, na semana passada.
De acordo com ele, nos últimos três anos, o número de produtores diminui em 12%. Os que permanecem na atividade estão aumentando a área de plantio, saindo dos 60 hectares em média para 100 hectares. Cristaudo afirmou que a cultura não será viável para produtores com área abaixo de 150 hectares.
Com o objetivo de melhorar a situação vivida pelo setor, houve a criação da Companhia Quensland de Comercialização, que negocia o açúcar produzido no país, com 50% de participação de produtores e 50% das usinas.
Antes da desregulamentação, a produção de cana e açúcar era totalmente controlada pelo governo, do plantio à venda do produto final, o açúcar. A Austrália é o segundo exportador de açúcar bruto. Do total produzido, 15% a 20% são consumidos no mercado interno.