Os fabricantes brasileiros de etanol vão se voltar para um aliado de peso nas conversações sobre clima em Copenhague, na Dinamarca, a fim de promover o uso do biocombustível produzido a partir da cana: o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger.
O governador de São Paulo, José Serra, vai encabeçar uma delegação que divulgará o etanol como alternativa menos poluente à gasolina na reunião de cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre clima, disse o secretário estadual do Meio Ambiente, Francisco Graziano. O governador de São Paulo, o maior estado brasileiro produtor de etanol, com 60% das ações, vai mostrar esta semana a Schwarzenegger e aos mandatários de outros países como as novas normas estão reduzindo as emissões geradas pela produção do biocombustível, disse Graziano. “Sempre avaliamos o etanol positivamente, mas as condições produtivas eram temerárias. Vamos mostrar esse esforço nosso de regulação! “, afirmou ele.
Os importadores de etanol, como a Suécia, o segundo maior consumidor europeu do biocombustível, pressionaram as usinas brasileiras a mostrar que suas operações não são prejudiciais ao meio ambiente. O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de- açúcar e o maior exportador mundial de etanol. A Cosan, maior processadora brasileira de cana- de-açúcar, tem 21 de suas 23 usinas sediadas no estado de São Paulo.
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As fabricantes de etanol de São Paulo gastaram R$ 1,2 bilhão em colheitadeiras mecânicas de cana desde 2007, para eliminar a prática poluente de queimar as cortantes folhas da cana para preparar os campos para a colheita manual, disse Graziano, agrônomo de formação, que avalia que os esforços farão com que os produtores do estado cumpram com dois anos de antecedência a meta de 2014 de abolir as queimadas.
Schwarzenegger vem liderando os esforços destinados a controlar as emissões de gases do efeito estufa, responsabilizados pelo aquecimen! to global, ao apoiar regulamentações climáticas como forma de tornar a Califórnia, o estado mais populoso dos Estados Unidos, uma economia de baixo consumo de carbono e de estimular os investimentos. (Com Agência Bloomberg)
