A primeira ação do programa RenovaBio 2030, iniciado esta semana pelo Ministério de Minas e Energia (MME), será um seminário, em Brasília, marcado para o dia 8 de dezembro com a presença dos ministros Fernando Coelho Filho, do MME; Blairo Maggi, da Agricultura; Marcos Pereira, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços; e Henrique Meirelles, da Fazenda; além de vários interlocutores do setor de biocombustíveis. A expectativa é que seja montado um cronograma de trabalho para criar um balanço energético de oferta e demanda sobre os combustíveis renováveis.
Um dos participantes do encontro será o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, que falará sobre a importância da regionalização do abastecimento do etanol. “O MME passa a criar um programa especifico para o etanol e biocombustíveis com finalidades veiculares dentro do ministério, estudando e procurando criar estruturação para a produção e fornecimento de etanol até 2030”, comentou Cunha. Outros participantes são o especialista Plínio Nastari, da Datagro e do Conselho Nacional de Pesquisa Energética; Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura; André Rocha, presidente do Fórum Nacional Sucroenergético (FNS); e Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), de São Paulo, que abordará a perspectiva do abastecimento de etanol até 2030.
O objetivo do RenovaBio é garantir a expansão da produção baseada na previsibilidade, compatível com o crescimento do mercado e em harmonia com os compromissos brasileiros assumidos na COP21, dentre os quais, está a meta de aumentar a participação dos biocombustíveis na matriz energética veicular do País. O programa vai discutir maneiras de melhorar a situação do setor sem a concessão de incentivos fiscais.
O ministério já ouviu algumas entidades representantes e, após se reunir com todas, vai realizar também uma consulta pública para então decidir os passos que serão dados.