A semana foi de altas intensas na maior parte das commodities no mercado internacional, com exceção do suco de laranja e do cacau, que caíram 5,3% e 1,06%, respectivamente, desde sexta-feira, dia 18 de maio. Entre as altas, a maior ocorreu com o trigo na Bolsa de Chicago (CBOT) onde o contrato para setembro fechou em 514,75 centavos de dólar por libra-peso, 6,2% superior à cotação da sexta-feira anterior, dia 18. Problemas climáticos em algumas regiões triticultoras justificam o movimento.
Segundo o vice-presidente da mesa América Latina da consultoria Fimat, Michael Mcdougall, o problema mais sério está ocorrendo na Ucrânia, cuja estimativa inicial de produção de 19,7 milhões de toneladas de trigo deve ser reduzida para 14,5 milhões a 16 milhões de toneladas. “Com isso, a previsão de exportação, que era de 5,5 milhões de toneladas, pode cair para 4,5 milhões”, completa Mcdougall. Segundo ele, o mercado também reagiu à notícia de que o excesso de chuvas nas áreas de trigo dos Estados Unidos podem prejudicar a colheita de inverno que se iniciará.
A segunda commodity com maior alta na última semana foi o açúcar. Os contratos na Bolsa de Nova Iorque (Nybot) com vencimento em outubro fecharam na última sexta-feira em 9,45 centavos de dólar por libra-peso, aumento de 5,9% frente à sexta anterior. Segundo Mcdougall, o movimento de alta se deveu ao progresso lento da colheita brasileira, ao foco do setor à produção de etanol e o aumento do interesse de Rússia e Ucrânia por importar mais açúcar, devido a possíveis perdas de produção por problemas climáticos.