Mercado

Selic menor é insuficiente para reduzir taxa de juros no comércio

A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central) de cortar em 1 ponto a taxa Selic, que passou para 16,5% ao ano, não foi suficiente para reduzir os juros cobrados do consumidor final.

Prova disso é a Arapuã, que conseguiu apenas manter em 1,99% ao mês a taxa de juro dos pagamentos feitos com cartão de crédito em até 12 vezes. No mês passado, quando o Copom reduziu a Selic de 19% para 17,5% ao ano, o juro do cartão de crédito da Arapuã caiu de 2,5% para 1,99% ao mês.

Hoje, segundo a rede, foi possível apenas negociar com as financeiras a manutenção da mesma taxa de juro.

Outras redes procuradas pela reportagem, como Pão de Açúcar e Casas Bahia, informaram que já realizaram cortes de juros ao longo do ano, mas não sinalizaram uma nova redução motivada pela decisão do Copom de hoje.

Segundo a Fecomercio SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), a taxa real de juro real ainda é “proibitiva”.

“Uma taxa real de juro em torno de 10% ainda é proibitiva para o aumento do investimento e a retomada do consumo em larga escala”, disse o presidente da Fecomercio-SP, Abram Szajman.

Para a Fecomercio-SP, havia espaço para um corte de até 2 pontos na Selic, já que a inflação está sob controle.

Apesar das críticas, a Fecomercio-SP informou que a redução de 10 pontos na Selic –efetuada no período de sete meses– é “um sinalizador do interesse do governo em promover o crescimento sustentado da economia brasileira”.

Segundo a entidade é preciso dar “continuidade a processo [de redução dos juros] para promover um crescimento real duradouro e não apenas mais um espasmo de aquecimento econômico que se esvazia com o decorrer do tempo”.

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