Otimização e segurança. Essas são as duas palavras-chave que devem direcionar a aplicação de herbicidas, conforme a opinião do engenheiro agrônomo Luís César Pio, diretor e fundador da Herbicat, de Catanduva, SP. A utilização desses agroquímicos não deve ser feita aleatoriamente. Pelo contrário. Requer planejamento e a utilização dos recursos tecnológicos existentes nessa área. “A operação exige a escolha certa de processos, equipamentos e componentes”, orienta.
Luís Pio observa que é necessário, antes de mais nada, conhecer a biologia dos herbicidas para saber como ele age, para definir onde e como aplicá-los. “Alguns são absorvidos mais rapidamente; outros com maior dificuldade”, observa. Um aspecto importante a ser considerado, nesse processo, é a otimização das máquinas, ajustando os seus componentes – incluindo os bicos -, de maneira correta. É preciso adequar também o volume da calda às necessidades de uso do produto.
A seleção da gota mais indicada, para cada caso, é um dos fatores fundamentais para a segurança e o aproveitamento eficaz do produto, de acordo com o diretor da Herbicat. “Se for escolhida uma gota muito fina, para determinada situação, existe a possibilidade dela sair do bico e não atingir o alvo. Em alguns casos, como na aplicação foliar, se ela for muito grossa, pode escorrer e parar no chão”, alerta.
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Todo cuidado é pouco. A segurança ambiental e do trabalho precisa levar em consideração que a gota muita fina pode se desviar do alvo e atingir, por exemplo, o operador. Luís Pio destaca que os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) devem ter uma função complementar a um sistema de segurança coletivo, que utilize, por exemplo, filtros adequados. “Quando o operador tem que limpar bicos entupidos no campo, está mais sujeito a contaminação”, constata.
O engenheiro agrônomo afirma que as novidades tecnológicas na aplicação de herbicidas demonstram a preocupação deste segmento com o maior controle de deriva de produtos. “De 1940 até a década de 70, surgiram três ou quatro modelos de pontas. Entre 1980 até 2000, foram lançados dez produtos dessa linha. Nos últimos sete anos, surgiram mais dez modelos, ampliando os tipos de gotas, com tamanhos diferentes”, enfatiza.
Para evitar riscos de problemas ambientais ou mesmo desperdício de produto, a Herbicat está lançando um sistema, com software e hardware, para o controle automático de uma área que teve aplicação de herbicida, entre outros recursos. “Se o operador entrar novamente em um local onde já foi utilizado o produto, o sistema bloqueia a pulverização”, revela o diretor da empresa, que desenvolve e fabrica equipamentos e sistemas de pulverização, distribui produtos utilizados na tecnologia de aplicação de herbicidas e de outros agroquímicos e ainda realiza programas de treinamento para as áreas operacional, técnica e gerencial.
