Um documento defendido pelos produtores de cana do Nordeste, em relação aos prejuízos provocados na cultura canavieira pela maior estiagem dos últimos 50 anos, será entregue à deputados estaduais da recém-criada Comissão Parlamentar para tratar dos problemas causados pela seca na Zona da Mata, na próxima segunda-feira, dia 6 de maio, em Pernambuco. Isso porque a grave situação dizimou um terço da última safra e 15% da nova produção já foram afetadas com a morte de socarias. Com o objetivo de amenizar esses efeitos, a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) preparou uma proposta técnica para solicitar apoio para 12 mil produtores penalizados. O pleito será apresentado aos deputados na próxima segunda-feira (6), às 11h, na sede do Sindicato das Indústrias do Açúcar (Sindaçúcar/PE).
O presidente da Comissão é o deputado Henrique Queiroz (PR). O vice é José Humberto Cavalcanti (PTB) e João Fernandes Coutinho (PSB) é o relator. Maviael Cavalcanti (DEM), Ângelo Ferreira (PSB) e Manoel Santos (PT) também integram a Comissão e estarão presente no evento dos canavieiros.
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Os dirigentes do Sindicato dos Cultivadores de Cana também participarão. “A estiagem dá sinas de trégua, mas os prejuízos deixados não tem retorno e são significativos para o pequeno e médio produtor”, lembra Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP.
O órgão de classe prepara a proposta com apoio de Gregório Maranhão – responsável pela criação técnica do Programa de Recomposição da Atividade Canavieira na Mata Norte (ProRenor) no governo Jarbas Vasconcelos. O programa foi concebido numa época de estiagem e com significativas perdas na cultura canavieira. Ele consistia na distribuição de sementes da cana para o replantio, além da entrega de fertilizantes e herbicidas. A decretação de emergência da Zona da Mata na esfera estadual também será defendida pela AFCP. “O governo federal autorizou a renegociação das dívidas, mas a medida só tem efeito se a localidade estiver em emergência”, diz Lima.
