A 4ª edição da Feira Internacional de Caprinos e Ovinos – Feinco 2007, maior feira do setor no País, que será realizada de 13 a 17 de março, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, trará uma série de atrações e palestras para criadores, investidores e profissionais do setor.
Caravanas de empresários de Minas Gerais, Sergipe, Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e do interior de São Paulo, com o apoio do Sebrae, já têm participação confirmada na feira. Este ano, visitantes e técnicos terão a oportunidade de participar também do Encontro Nacional de Gestores da Rede Aprisco, projeto que está capacitando criadores de pequeno porte de nove estados nordestinos. O encontro será no auditório do Sebrae, um espaço onde acontecerão reuniões e palestras sobre a cadeia produtiva da ovinocaprinocultura, nos dias 12 e 13/3, das 9h às 18h. No mesmo espaço, o Sebrae-SP realizará II Encontro Estadual da Cadeia Produtiva de Ovinocaprino, dia 14/3, das 9h às 18h.
Segundo o coordenador dos projetos de ovinocaprinocultura da Unidade de Agronegócios do Sebrae Nacional, Enio Queijada, é esperado um público de cerca de 250 pessoas nas palestras e workshops. “Cada vez mais estamos voltando nossos projetos para o mercado. O objetivo é ultrapassar os elos da porteira. Já temos ações desenvolvidas no ramo da gastronomia, abatedouros, pequenos varejos e desenvolvimento de produtos com alto valor agregado, com embalagens e design”.
Além do auditório, o Sebrae terá também um estande institucional, onde nos dias 13/3, às 18h30, e 14/3, às 15h30 e 16h30, será apresentada a peça teatral Cabra e Consórcio do Bode, pelo Grupo Raízes Nordestinas, de Sergipe. No estande, haverá também degustação de carnes de cordeiro servida como quibes, carpaccio, lingüiça, kafta e hambúrgueres.
Um dos pontos altos da feira será o II Congresso Internacional Feinco,
dias 13 e 14/3 ,da s 9h à s18h. O foco das palestras será a tecnologia na produção de caprinos e ovinos. Entre os temas abordados estão a biotecnologia na reprodução de pequenos ruminantes, perspectivas e potencial do mercado caprino, plano de negócios para a captação de recursos, potencial produtivo com base em animais deslanados, sistema de produção de carne caprina e situação atual do mercado consumidor.
Silvio César de Souza, gestor estadual da cadeia produtiva da caprino-ovinocultura do Sebrae-SP, será também palestrante no evento, com o tema Plano de Negócios para a Captação de Recursos, dia 13/3, a partir das 14h.
Segundo o técnico, o setor vem apresentando crescimento constante, principalmente no Estado de São Paulo, o maior mercado consumidor do País. “É importante fornecer capacitação e fomentar a organização de grupos de empresários, profissinalizando esta atividade para que se torne mais competitiva”, destaca o técnico.
“Dessa forma, o Sebrae-SP atua em todas as fases das cadeias produtivas, desde a organização do setor até a capacitação e a promoção do acesso a mercados”, explica Souza.
Mercado em expansão
Hoje, o rebanho nacional de ovinos e caprinos chega a 25 milhões de cabeças, o equivalente a quase 3% do efetivo mundial, estimado em 990 milhões de animais. O Brasil é o 8º produtor de Caprinos e Ovinos. A China é o maior produtor com mais de 30% do rebanho, seguido da Índia (19,7%) e da Austrália (12,8%).
Dezoito Estados participam da carteira de ovinocaprinocultura do Sebrae Nacional. O mais recente a se incorporar foi o Mato Grosso do Sul. Na metodologia da Gestão Orientada para Resultados (Geor), já estão inseridos 38 projetos de um total de 53 participantes da carteira. De acordo com Queijada, são cerca de 34 mil produtores beneficiados.
“Um dos grandes objetivos para este ano será implantar centrais de negócios em projetos já maduros para o mercado. Além disso, queremos conhecer melhor custos de produção e gestão, que ainda são um gargalo para o setor e trabalhar cada vez mais com a melhoria da qualidade do produto”.
Entre as novidades que devem ser apresentadas durante as palestras no auditório Sebrae/Aprisco é a agroenergia obtida a partir do processo digestivo dos animais. Queijada diz que alguns Estados já estão desenvolvendo esse processo.